'Portão do Inferno': atração turística pode deixar de existir; entenda
Localizado no deserto de Karakum, o lugar está em chamas desde que surgiu
Há mais de 50 anos, um acidente industrial desencadeou uma reação que originou a atração turística mais procurada do Turcomenistão: a Cratera de Gás de Darvaza. Localizado no deserto de Karakum, o lugar foi apelidado de “Portão do Inferno” e está em chamas desde que surgiu.
O fenômeno é causado pelas chamas alimentadas por metano que escapam de várias aberturas ao longo do fundo e das paredes da cratera. Segundo pessoas que visitaram o local, um imenso calor é sentido à medida que a pessoa vai ficando mais próxima da cratera. Desde 2018, há um sistema de segurança que impede turistas de se aproximarem demais da borda.
O espetáculo, que dura o dia inteiro, mas é visto de forma mais efetiva durante a noite, atraí milhares de turistas do mundo inteiro todo ano. O local se tornou um símbolo do Turcomenistão, destacando-se como uma das principais atrações turísticas do país.
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O lugar ganhou ainda mais notoriedade em 2019, quando o então presidente turcomeno Gurbanguly Berdymukhamedov divulgou um vídeo em que dirige um carro de rali e realiza manobras na borda da cratera.
Não se sabe exatamente a origem da cratera. A teoria mais aceita é que ela foi criada em 1971 e foi incendiada pouco depois, mas também não se sabe como. A falta de registros soviéticos confiáveis sobre o incidente contribui para o mistério que envolve o "Portão do Inferno".
Cratera pode deixar de existir
Apesar de ser um ponto turístico super visitado, a cratera flamejante não deve durar por muito tempo. O governo do Turcomenistão frequentemente menciona a possibilidade de selá-la e, atualmente, as chamas diminuíram bastante, segundo turistas.
“Antes, uma área muito maior da cratera estava em chamas. Agora há menos, e elas não são tão altas quanto eram”, afirmou Dylan Lupine, funcionário de uma empresa que leva turistas ao Turcomenistão.
Em 2022, o presidente do país, Serdar Berdymukhamedov, solicitou aos cientistas que desenvolvessem uma solução para apagar o fogo e fechar o local. As principais preocupações incluem a perda contínua de um recurso natural —o metano—, além dos possíveis danos ambientais e riscos à saúde da população local.
Especialistas locais têm dúvidas sobre a eficácia de selar a cratera, sugerindo que o gás poderia escapar por outras fissuras na superfície, mesmo que a cratera fosse preenchida.
(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)
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