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1º sargento da reserva do exército de Israel, paraense diz que 'luta é pela existência do povo'

Haim Rodrigues, de 36 anos, serviu de 2014 a 2016 e espera o momento de ser convocado para reforçar a atuação israelense no conflito

Camila Azevedo
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O Exército de Israel já convocou mais de 360 mil reservistas para atuar na guerra contra o grupo extremista Hamas. Entre eles, além de pessoas do mundo todo, estão brasileiros com cidadania israelense. Desses, quem ainda não foi chamado, está na expectativa de ter uma oportunidade de lutar pelo que acredita, como é o caso do paraense Haim Rodrigues, de 36 anos, 1º sargento da reserva das forças armadas. Para ele, o conflito está longe de acabar, o que aumenta a esperança de conseguir retornar às atividades.

“Agora, no atual momento, não sei se vão precisar de mim. Eu acredito que sim, mas eles vão chamar na ordem decrescente. Vão chamar primeiro [quem se alistou em] 2023, depois 2022, 2021, 2022 e assim vai. Eu sou de agosto de 2014. Estou fora de Israel há mais de um ano, então, acredito que vai demorar. Mas, em um certo momento, vão. Acredito que essa guerra não vai terminar tão cedo”, explica Haim. “Isso formou o que eu sou hoje, então, preciso retribuir. Essa é a sensação, de retribuir”.

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O paraense, descendente de judeus, passou dois anos servindo ao exército israelense. O primeiro contato com a organização veio quando ele ainda morava em Israel e um amigo, com quem trabalhava, falou do assunto. “Trabalhamos [junto] mais ou menos uns dois anos e meu amigo perguntou: ‘Por que tu não procura o exército? Faz o que eu fiz, ser motorista de blindado, rondista, é muito bacana e eles precisam muito. Tenho certeza que vai dar muito certo para ti’. Esse foi meu primeiro contato”, relembra.

Apesar do conflito envolvendo Israel e Hamas se estender por várias décadas, Haim conta que nunca precisou enfrentar, de fato, o grupo palestino. “Diretamente, nunca lidei com o Hamas, porque a minha atuação era mais na parte da Tumba dos Patriarcas, em Hebrom, e lá, não é bem o Hamas que atua. No meu período de serviço, tive muito, muito pouco contato, até porque eu já era casado, então, eu só ia mesmo quando realmente precisavam, quando não tinha mais pessoas que pudessem me substituir”, relata.

Ele defende, ainda, que Israel não é a prioridade. Antes, vem a busca pela dignidade do povo judeu que habita o país. “A primeira prioridade é o povo, porque você só é Estado, se tiver um povo. Nem todo árabe é terrorista, mas todo terrorista é árabe. A nossa luta é pela nossa existência. Por isso que a gente não vai perder essa guerra. Se perdermos, a gente perde nosso Estado e, consequentemente, vamos perder a nossa existência”, completa o reservista do exército israelense.

“A gente tem o Serviço de Segurança Nacional. ele opera com o nosso serviço de inteligência, que a gente tenta conter essas pessoas que são extremistas. Os extremistas árabes acreditam que o mundo, uma vez, foi todo muçulmano. Então, houve um demérito e, com esse demérito, eles perderam o poder. Eles matam em nome do Deus Grande e é uma coisa que, de fato, eles acreditam que está consertando o mundo dessa forma. É uma ditadura teocrática”, destaca.

Família

Haim tem família e amigos vivendo em Israel. Os dias difíceis da guerra e as incertezas não desanimam na espera por tempos de paz. “Meu primo, que mora lá, também acredita que a guerra vai perdurar por um bom tempo. Um outro primo está em Israel, é casado e tem filhos. Tenho muitos amigos de lá. Eles estão bem. Está difícil, qualquer barulho assusta. Estão, assim, em tensão extrema, isso cansa, isso fadiga a pessoa. Mas, estamos esperando por dias melhores”, frisa.

“Foi um choque pra gente, ninguém esperava. No começo, eu não acreditei. Tem um amigo que o irmão dele faleceu e eu não esperava que fosse acontecer isso. Não conseguir ligar o mesmo sobrenome eu só fui depois entender, porque ele fez uma postagem”, recorda Haim dos primeiros dias de guerra.

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