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Gêmeo 'parasita'? Médicos encontram feto dentro do cérebro de bebê

O caso clínico da menina é descrito pela medicina como fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita. No caso da criança, o feto tinha cerca de 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, cabelos e olhos

Pedro Garcia

Uma mãe chinesa decidiu levar a filha de um ano ao hospital depois de notar um atraso nas habilidades motoras e de fala da criança. Após os médicos concluírem o check-up completo, descobriram que a bebê tinha o feto de seu irmão armazenado dentro de seu crânio.

O caso clínico da menina é descrito pela medicina como fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita. No caso da criança, o feto tinha cerca de 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, cabelos e olhos. A anormalidade foi registrada no American Journal of Case Reportno, no dia 21 de junho.

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A condição da garota é considerada rara, tendo apenas 20 casos registrados na história. A anomalia consiste no desenvolvimento de um resquício de embrião ou feto dentro do corpo do irmão gêmeo, com a junção dos corpos de forma semelhante à de gêmeos siameses, mas com a total assimilação do corpo de um pelo outro e isso geralmente ocorre dentro da região do abdômen. 

No início, os médicos não sabiam da existência do fato, mas já desconfiavam que tinha algo de errado com a criança desde a gestação, pois o diâmetro e sua cabeça parecia grande demais. A menina nasceu em um parto cesárea, com 37 semanas, mas não foram encontrados comprometimentos nos primeiros exames realizados.   

A lentidão no processo de desenvolvimento começou a preocupar os pais da criança. “Ela só conseguia dizer a palavra ‘mãe’ e não conseguia ficar de pé. Além disso, a cabeça dela vinha crescendo cada vez mais”, descreve a equipe médica no texto.

Ao realizarem uma ressonância, os médicos pensaram que a cápsula que as defesas do corpo da menina tinha feito ao redor do feto se tratava de um tumor de grandes proporções. Após exames mais detalhados, os resultados apontaram a presença de ossos, indicando que se tratava de um feto mal-formado.

Como o feto estava comprometendo o cérebro da criança, foi necessário realizar uma cirurgia, pois, essa é a única forma para tratar casos de FIF. No meio do procedimento, os médicos descobriram que além do gêmeo parasita, vários tumores se desenvolveram ao redor de onde estava o feto. 

image Legenda (Imagem/Reprodução (American Journal of Case Reports))

A menina sobreviveu à operação, mas ainda sob efeito da anestesia começou a ter convulsões de difícil controle. Contudo, ao final do processo cirúrgico, a criança não acordou e duas semanas depois acabou morrendo. Seu prognóstico de sobrevivência era baixo, já que cirurgias deste tipo quase sempre são fatais.     

*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor de OLiberal.com)

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