ONU: supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano até 2050; entenda
Programa quer reduzir poluição para combater resistência antimicrobiana.
Ao longo dos próximos 30 anos, cerca de 10 milhões de mortes anuais poderão ser registradas globalmente devido ao surgimento e à propagação de supermicróbios, que são cepas de bactérias resistentes a antibióticos conhecidos. As informações são da Agência Brasil.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a poluição gerada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde precisa ser reduzida como estratégia fundamental para combater a resistência antimicrobiana, o que é uma questão de alerta.
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“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, destacou o Pnuma.
Resistência antimicrobiana pode causar uma queda no PIB
O relatório "Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana por meio de uma abordagem única de saúde", divulgado nesta terça-feira (7) pela entidade, afirma que a resistência antimicrobiana pode causar uma queda no PIB global de pelo menos US$ 3,4 trilhões até 2030 e levar 24 milhões de pessoas à extrema pobreza devido ao seu custo econômico.
A presidente do Grupo de Lideranças Globais sobre Resistência Antimicrobiana, Mia Amor Mottley, destacou a importância de se colocar o assunto da resistência antimicrobiana na agenda global das nações, aumentando a conscientização sobre a crise causada pelos supermicróbios. O documento reforça a necessidade de uma resposta multissetorial de saúde, considerando o impacto sério na saúde humana, de animais e de plantas.
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