Nove funcionários da UNRWA podem estar envolvidos no ataque a Israel em 7 de outubro, diz ONU
A ONU iniciou a investigação depois que Israel acusou 12 funcionários da UNRWA de participarem dos ataques de 7 de outubro
Nove membros da equipe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos podem estar envolvidos no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e serão demitidos, disse a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira (5/8).
“Para nove pessoas, as evidências foram suficientes para concluir que elas podem ter se envolvido nos ataques de 7 de outubro”, disse o porta-voz adjunto Farhan Haq.
Ele estava se referindo às conclusões do Escritório de Serviços de Supervisão Interna (Oios, na sigla em inglês) da ONU, que, segundo ele, havia concluído sua investigação sobre o suposto envolvimento de 19 funcionários da UNRWA nos ataques.
"O Oios fez averiguações em relação a cada um dos 19 funcionários da UNRWA que supostamente estiveram envolvidos nos ataques", disse ele.
"Em um caso, o Oios não obteve nenhuma prova para sustentar as alegações de envolvimento do funcionário, enquanto em outros nove casos, as provas obtidas pelo Oios foram insuficientes para sustentar o envolvimento dos funcionários", disse ele.
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Haq disse que todos os nove indivíduos que a investigação concluiu que poderiam estar envolvidos eram homens. Ele não deu detalhes sobre o que eles podem ter feito, mas disse:
"Para nós, qualquer participação nos ataques é uma tremenda traição ao tipo de trabalho que deveríamos estar fazendo em nome do povo palestino."
A ONU iniciou a investigação depois que Israel acusou 12 funcionários da UNRWA de participarem dos ataques de 7 de outubro liderados pelo Hamas, que desencadearam a guerra de Gaza.
Israel intensificou suas acusações em março, dizendo que mais de 450 funcionários da UNRWA eram agentes militares de grupos terroristas de Gaza. A UNRWA emprega 32.000 pessoas em sua área de operações, 13.000 delas em Gaza.
Em março, a UNRWA disse que alguns funcionários libertados em Gaza da detenção israelense relataram ter sido pressionados por autoridades de Israel a declarar falsamente que a agência tem ligações com o Hamas e que os funcionários participaram dos ataques de 7 de outubro.
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