Morre Paul Alexander, homem que viveu em pulmão de ferro, aos 78 anos
Americano contraiu poliomielite aos 6 anos e desde então precisou viver dentro de uma cápsula que permitia sua respiração
Paul Alexander, um homem que viveu 70 anos em um aparelho chamado "pulmão de ferro", faleceu aos 78 anos em Dallas, Texas, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela página GoFundMe que angariava fundos para seus cuidados médicos. A causa da morte foi uma infecção causada pelo vírus da Covid-19.
Ele contraiu poliomielite aos seis anos de idade, em 1952, doença que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Incapaz de respirar sozinho, ele passou a vida inteira dentro de um pulmão de ferro, que permitia que ele respirasse por mais de sete décadas. Ele entrou para o Guinness World Records como a pessoa a viver o maior período de tempo com uso diário de um ventilador de pressão negativa.
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Apesar das dificuldades, Paul viveu uma vida plena. Ele se formou no ensino médio e na faculdade de direito, tornando-se advogado. Ele organizou uma manifestação pelos direitos das pessoas com deficiência e publicou seu próprio livro de memórias, intitulado "Três minutos para um cachorro: minha vida em um pulmão de ferro". Sua história foi contada no documentário "The Man in an Iron Lung (A Polio Survivor's Story)" e ele foi homenageado por diversas organizações.
Christopher Ulmer, organizador e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, lamentou a morte de Paul, mas enalteceu sua trajetória. "Paul Alexander, 'O Homem do Pulmão de Ferro', faleceu ontem. Depois de sobreviver à poliomielite quando criança, ele viveu mais de 70 anos dentro de um pulmão de ferro. Nessa época, Paul foi para a faculdade, tornou-se advogado e autor publicado. Sua história viajou muito, influenciando positivamente pessoas em todo o mundo. Paul foi um modelo incrível que continuará a ser lembrado", disse.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)
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