Macron propõe coalizão internacional para combater grupo terrorista Hamas
Macron reforça que “não haverá paz duradoura” sem a implementação da solução de dois Estados - com Israel em segurança ao lado de um Estado palestino
Depois de visitar Israel, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs a formação de uma coalizão internacional para combater o Hamas, nesta terça-feira (24). Ainda no aeroporto de Tel Aviv, houve um encontro com as famílias francesas vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro. Trinta cidadãos da França foram mortos no atentado do Hamas e outros sete estão desaparecidos.
Para Macron é preciso ampliar as forças e se unir com a coalizão que luta contra o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria, desde 2014. Até o momento Israel não está dentro desse grupo, liderado pelos Estados Unidos.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hamas é responsável pela morte de civis em Gaza, mas que Israel fará todos os esforços para evitá-las.
Ao sair de Israel, Macron foi a Ramallah, na Cisjordânia, território administrado pela autoridade Palestina. Ele disse ao presidente Mahmoud Abbas que “não haverá paz duradoura” sem a implementação da solução de dois Estados - com Israel em segurança ao lado de um Estado palestino.
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No sul de Gaza, em Khan Younis, muitos feridos tiveram que ser levados às pressas para um hospital, após bombardeios de Israel. Segundo o Hamas, homens e crianças pequenas foram transportados nos braços, em macas de ambulâncias ou carros particulares. A família Saqallah, que atendeu aos avisos de Israel e tinha fugido para Khan Younis, enterrou mais de 50 parentes. A família diz que ataques israelenses atingiram a casa onde estava hospedada nesta segunda-feira (23).
O Ministério da Saúde do Hamas afirmou que mais de 700 pessoas morreram em bombardeios nas últimas 24 horas. Esse número não pôde ser verificado de forma independente.
Guerra longe do fim
Fortes explosões foram registradas na cidade de Gaza. Israel declarou que em dois dias atingiu 400 alvos do Hamas e matou dezenas de milicianos, mas que a guerra contra o grupo terrorista levará tempo.
Médicos relatam que as condições de saneamento pioraram. Nas últimas semanas, a parte sul de Gaza recebeu mais de 1 milhão de pessoas, que se deslocaram após avisos de Israel de que bombardearia alvos do Hamas ao norte. Faltam eletricidade, água potável e combustível em Gaza.
Segundo a ONU, cinco caminhões com água, dois com alimentos e um com medicamentos entraram nesta terça no território de Gaza. A ONU afirma que se não receber combustível urgentemente, será obrigada a paralisar as operações humanitárias em Gaza a partir de quarta-feira (25) à noite.
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