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Macron pede que Europa não siga tendência dos EUA ou da China sobre Taiwan

Viagem de presidente francês para encontrar Xi Jinping ‘minou’ os esforços de Washington para conter a influência chinesa

O Liberal
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O presidente francês, Emmanuel Macron, causou controvérsia ao pedir que a Europa não siga os Estados Unidos ou a China em relação à questão de Taiwan, alertando que isso poderia enfraquecer a unidade europeia. Em entrevista publicada no domingo, após uma viagem à China, Macron afirmou que "o pior seria pensar que nós, europeus, devemos ser seguidores e nos adaptar ao ritmo americano e a uma reação exagerada chinesa".

Macron também pediu que a Europa "acorde" e questionou por que deveriam seguir o ritmo escolhido por outros países, acrescentando que não querem entrar em uma lógica de bloco contra bloco.

Suas declarações e sua visita à China, onde se reuniu com o presidente Xi Jinping, foram criticadas pela imprensa dos Estados Unidos, que afirmou que sua viagem "minou" os esforços de Washington para conter a influência chinesa.

Casa Branca reitera "confiança" em relação à França

A Casa Branca respondeu à controvérsia na segunda-feira, com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, reiterando a "confiança" em seu "excelente" relacionamento com a França e entre os presidentes Joe Biden e Emmanuel Macron. No entanto, nesta terça-feira, um amigo próximo de Macron, o eurodeputado Stéphane Séjourné, garantiu à rádio France Inter que Macron não se manteve "equidistante" entre Pequim e Washington e que o "aliado" da França é "obviamente" os Estados Unidos.

Para alguns analistas, as declarações de Macron podem criar uma nova confusão entre seus aliados ocidentais. Antoine Bondaz, da Fondation pour la Recherche Stratégique, disse que "é uma inversão total da responsabilidade pelas tensões".

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Macron reiterou que a Europa deve ser "uma potência de equilíbrio" e trabalhar para uma "desescalada". Ele alertou que um conflito armado entre a China e os Estados Unidos seria uma "Terceira Guerra Mundial".

A China considera Taiwan uma província rebelde e parte de seu território, que pretende recuperar, mesmo que seja pela força. No sábado, a China iniciou exercícios militares ao redor da ilha, cujo principal aliado é Washington.

 

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