Kat Torres: vítimas relatam como a paraense atuava: ex de volta, banhos para riqueza e prostituição
Autodenominada “bruxa”, Kat Torres atuava como uma espécie de guru de uma seita que prometia várias coisas as vítimas
A notícia de prisão da paraense Katiuscia Torres, conhecida como Kate A Luz ou Kat Torres, foi comemorada por supostas vítimas da guru espiritual. A repercussão do caso envolvendo a modelo já fez aparecer ao menos sete possíveis vítimas. As informações são do portal O Globo.
Além de Kate, foram presas pela polícia de fronteira do Maine, nos EUA, no último dia 2 de novembro, Letícia Maia Alvarenga, de 21 anos, e Desirrê Freitas, de 26. A suspeita é que elas estivessem tentando atravessar o país rumo ao Canadá com documentos irregulares.
Autodenominada “bruxa”, Kat Torres atuava como uma espécie de guru de uma seita que promete dinheiro, sucesso profissional e até trazer o amor desejado através de feitiços, hipnose e consumo de um chá alucinógeno chamado Ayahuasca, semelhante ao do ritual de Santo Daime.
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O que relatam as vítimas de Kate A Luz?
Uma das supostas vítimas da guru espiritual, diz ter sido extorquida em mais de R$ 150 mil. Ela conta que foi submetida até a uma viagem para os EUA, na esperança de reconquistar o ex-namorado após sessões de "bruxaria".
Já a catadora de recicláveis Maiara Ribeiro, de 28 anos, outra vítima da paraense, relata que conheceu Katiuscia Torres pelo Instagram. Em uma das fotos da modelo, ela comentou que queria ser uma mulher “poderosa igual a Kat”. Nessa época, Maiara e o marido estavam desempregados e morando em um barraco de madeira, em São Paulo. Segundo a mulher, a guru a respondeu falando que poderia ajudá-la a ter mais autoestima. Por mensagem, então, convidou a catadora de recicláveis para passar uma semana na Califórnia com ela, alegando que custearia gastos com passaporte, visto e despesa. A promessa, no entanto, não foi cumprida.
Bárbara, de 24 anos, nome fictício de uma terceira suposta vítima de Kat, contou que conheceu a guru pelas redes sociais, em 2018. Inicialmente, ela fazia consultas para conseguir lidar com um relacionamento conturbado. Mas, após um contato frequente de quase quatro anos e sabendo da insatisfação profissional da jovem na área da engenharia, a guru espiritual começou a dizer que Bárbara tinha talento para trabalhar como modelo ou na área da beleza.
Kat então sugeriu, no início deste ano, que a jovem fosse trabalhar como sugar baby nos EUA. A proposta era "simples": Kat ajudaria a arrumar um marido para que Bárbara pudesse ficar legalmente no país e, em troca, a vítima daria todo o dinheiro para a charlatã.
Mesmo afirmando que não aceitaria a proposta de atuar como sugar baby, Bárbara havia decidido ir estudar inglês nos EUA e, para isso, aceitou tomar um “banho mágico”, a princípio gratuito. Ao ver, no entanto, que Bárbara não aceitaria a proposta de se prostituir nos EUA, Kat passou a cobrar R$ 7 mil pelo banho, momento em que a jovem deixou de segui-la e se livrou das amarras da modelo.
(Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de O Liberal.com).
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