Justiça dos EUA aceita pedido da GOL para investigar Latam; entenda
Processo envolve roubo de aeronaves, contratação de pilotos, entre outras acusações
O pedido da Gol Linhas Aéreas de proteção e investigação contra a conduta da concorrente Latam Airlines foi aceito parcialmente por um tribunal de Justiça dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (12), no âmbito do processo de recuperação judicial da Gol. “Sentimos que estamos sob ataque de um concorrente no nosso mercado”, declarou o advogado da empresa, Andrew Leblanc, ao juiz de falências dos EUA, Martin Glenn, durante uma audiência em Manhattan. Leblanc defendeu a necessidade investigar se a conduta da Latam violava a lei de falências do país.
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A companhia Gol acusa a Latam de aproveitar a falência para tentar roubar suas aeronaves, contratar seus pilotos e desencorajar os agentes de viagens de reservar voos de clientes com a Gol. As alegações foram apresentadas na última sexta-feira (9) ao Tribunal de Falências do Sul de Nova York, o mesmo em que a empresa pediu recuperação judicial em janeiro.
Três executivos da Latam terão que prestar esclarecimentos, mas os nomes ainda não foram divulgados. A Gol tinha pedido um número maior de representantes da empresa para dar explicações, incluindo Jerome Cadier (presidente da Latam Brasil), Roberto Alvo (presidente global da Latam), Ramiro Alfonsin (diretor financeiro da Latam) e Sebastian Acuto (vice-presidente de Frota e Projetos).
Para o juiz Martin Glen, é um “absurdo” acreditar que foi mera coincidência que a Latam tenha começado seu processo de contratação de novos funcionários no dia seguinte ao pedido de falência da Gol.
Em nota sobre o caso, a Latam afirma que não tem informações adicionais sobre o processo no momento e que está sempre em contato com as “partes interessadas relevantes em matéria de frota”. Informou ainda que está ativa no mercado há vários meses visando “garantir a capacidade necessária para atender às necessidades contínuas e de longo prazo, em um contexto de desafios globais na cadeia de suprimentos e falta de aeronaves ou motores”.
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