Justiça de Israel obriga estudantes ultraortodoxos a se alistarem para a guerra

Decisão da Suprema Corte israelense representa uma derrota para o governo de Benjamin Netanyahu

Agence France-Presse (AFP)
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A Suprema Corte israelense decidiu, nesta terça-feira (25.06), que os estudantes ultraortodoxos das escolas talmúdicas, até agora isentos de obrigações militares, devem se alistar no Exército, uma derrota para o governo de Benjamin Netanyahu

"Na ausência de uma regulamentação adequada, o Executivo não tem poder para ordenar a não aplicação da Lei do Serviço Militar aos estudantes das escolas talmúdicas", decidiu o tribunal, acrescentando que "o Estado deve agir para aplicar a lei". 

A decisão é anunciada após o Parlamento israelense relançar, em 11 de junho, um projeto de lei para o alistamento progressivo dos ultraortodoxos nas Forças Armadas. 

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O serviço militar é obrigatório em Israel para homens e mulheres, mas os judeus ultraortodoxos podem evitá-lo para se dedicarem ao estudo dos textos sagrados, uma isenção estabelecida por David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel, em 1948.

Alguns detratores consideram que o texto debatido no Parlamento, apoiado pelo primeiro-ministro, mas criticado pelo ministro da Defesa Yoav Gallant, está longe de responder às necessidades do Exército israelense, em guerra com o movimento palestino Hamas em Gaza há mais de oito meses e com outra frente na fronteira com o Líbano. 

"Na situação atual, o descumprimento da Lei do Serviço Militar cria uma grande discriminação entre os que são obrigados a cumpri-lo e aqueles para os quais não há medidas de mobilização", argumentou o tribunal. 

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"Neste momento, durante uma guerra difícil, a desigualdade de obrigações está mais acentuada do que nunca e exige a aplicação de uma solução duradoura", afirmou o tribunal. 

O líder do partido ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá, Yitzhak Goldknopf, criticou a "decisão esperada, muito infeliz e decepcionante".

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