Cientistas descobrem exoplaneta próximo ao nosso sistema solar

Este sistema estelar, que é formado por apenas uma estrela, é o mais próximo dos seres humanos

O Liberal
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Um estudo publicado nesta sexta-feira (04) na revista Astronomy & Astrophysics revelou a descoberta de um planeta orbitando a estrela de Barnard, a quarta estrela mais próxima do Sol. Este sistema estelar, formado por apenas uma estrela, é o mais próximo de nós, superado apenas pelo sistema triplo de Alpha Centauri.

Segundo a pesquisa, o exoplaneta (nome dado aos planetas que não estão em nosso sistema solar), denominado Barnard b, possui aproximadamente metade da massa de Vênus e completa uma órbita em torno de sua estrela em cerca de 3 dias e 4 horas. Ele está a aproximadamente 20 vezes mais próximo da estrela de Barnard do que Mercúrio está do Sol.

Devido à natureza da estrela de Barnard, classificada como uma anã vermelha — um tipo de estrela menor e menos quente que o Sol —, a temperatura média do exoplaneta é de aproximadamente 125°C. Essa temperatura, embora elevada, é superior à necessária para a existência de água em estado líquido. Assim, Barnard b está fora da zona de habitabilidade, faixa onde as condições permitem que a água exista na superfície de um planeta rochoso.

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Para a detecção do exoplaneta, os pesquisadores utilizaram dados do espectrógrafo ESPRESSO (Echelle SPectrogaph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations), localizado no Observatório Europeu do Sul (ESO), em Paranal, no deserto do Atacama, no Chile. Este instrumento é projetado para a identificação de planetas semelhantes à Terra e para a verificação da estabilidade de certas constantes universais. Ele é capaz de detectar variações de velocidade de até 0,3 km/h, e mais de 150 observações, realizadas ao longo de cinco anos, foram analisadas.

Além do ESPRESSO, outros instrumentos especializados na detecção de exoplanetas, como o HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher) e o CARMENES (Calar Alto high-Resolution search for M dwarfs with Exoearths with Near-infrared and optical Echelle Spectrographs), foram utilizados para confirmar a descoberta.

A análise dos dados foi realizada por meio do método das velocidades radiais e de uma nova técnica desenvolvida por um dos autores do estudo, André Silva, ligado ao Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Esse método permite maior precisão na detecção de exoplanetas, analisando pequenas variações na velocidade radial da estrela, resultantes da influência dos planetas que a orbitam. Combinado ao método dos trânsitos, esse procedimento também possibilita estimar a densidade dos planetas e inferir sua composição.

Além disso, a análise sugere a possibilidade — embora não a confirmação — da existência de três outros exoplanetas orbitando a estrela de Barnard.

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