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Israel mata seis funcionários da ONU ao bombardear escola com refugiados

Pelo menos 18 pessoas morrem no quinto atentado que as tropas de ocupação de Israel realizam na mesma escola que acolhe refugiados

O Liberal

Duas bombas israelitas atingiram esta quarta-feira (12) a escola Al Jaouni, gerida pelas Nações Unidas, que alberga cerca de 12 mil palestinos, a maioria deles mulheres e crianças, deslocados pela guerra no campo de refugiados de Nuseirat (centro de Gaza), segundo denunciou a Organização das Nações Unidas (ONU). 18 mortes foram confirmadas até então.

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É a quinta vez que as tropas de ocupação atacam estas instalações. O número provisório de mortos inclui seis funcionários da Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), segundo esta instituição. Isto faz do atentado o mais mortal para os trabalhadores desta agência de todos cometidos por Israel desde o início da guerra, em 7 de outubro. Com estas seis mortes, entre as quais o diretor da escola, já são 220 funcionários da UNRWA que perderam a vida nestes onze longos meses. 

Após este último ataque, o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, referiu-se aos “assassinatos intermináveis e sem sentido, dia após dia”, ao mesmo tempo que recordou que os trabalhadores “assassinados” prestavam “apoio às famílias que procuraram refúgio na escola. 

“O pessoal humanitário, as instalações e as operações têm sido flagrante e incessantemente ignoradas desde o início da guerra”, denunciou Lazzarini através do seu perfil na rede social para chegar a um acordo de cessar-fogo. Não existe um único lugar seguro para a população de Gaza, lembrou novamente, afirmando que os bombardeamentos de Israel não cumprem o direito humanitário internacional. “Quanto mais a impunidade prevalecer, mais irrelevantes serão o direito internacional humanitário e as convenções de Genebra”, insistiu. 

“A carnificina em Gaza deve acabar. Cessar-fogo", exigiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, agência da ONU, numa mensagem de condolências pelas últimas mortes publicada na rede social X, na qual também afirmou que "hospitais, escolas e abrigos foram repetidamente bombardeados, resultando nas mortes de civis e trabalhadores humanitários. Só no último dia, as mortes na Faixa ascenderam a 96, elevando o número total durante o conflito para 41.118, segundo as autoridades sanitárias do Governo do Hamas. 

Israel reconheceu o atentado, mas afirma que não se trata de uma escola, mas sim de um centro de comando do Hamas e, além disso, questiona se esses seis funcionários da ONU estão entre as vítimas, o que implica que podem ser “terroristas”, segundo Avichay Adraee. porta-voz do exército. As bombas atingiram o que ele chama de “complexo de comando e controle do Hamas dentro do que era anteriormente usado como Escola Al Jaouni”, de acordo com um comunicado também na rede social X, impedida de operar no Brasil. 

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