Israel e cúpula da ONU trocam acusações em meio ao conflito contra o grupo terrorista Hamas

Nações Unidas pediram ao governo israelense o fim dos ataque a civis e alertou que o cerco contra Gaza pode constituir um crime de guerra

O Liberal
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A Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo de Israel trocaram acusações sobre a ofensiva na Faixa de Gaza, após o ataque do grupo terrorista Hamas, no último sábado (7), expondo uma crise diplomática entre o país e o organismo internacional.  

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O desentendimento começou após um apelo do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, às potências mundiais para que tomem medidas para neutralizar a situação de na Faixa de Gaza, definida como um "barril de pólvora". Ele afirmou que lei humanitária internacional e a lei internacional de direitos humanos devem ser respeitadas em todas as circunstâncias. "Estamos enfrentando uma situação explosiva. Sabemos como isso acontece, repetidamente - a perda de vidas israelenses e palestinas e o sofrimento incalculável infligido a ambas as comunidades", declarou, pedindo que civis sejam poupados.

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Volker Türk disse, ainda, que as partes devem respeitar o direito humanitário internacional e cessar imediatamente os ataques que tenham como alvo civis. "É horrível e profundamente angustiante ver imagens de pessoas capturadas por grupos armados palestinos sendo maltratadas, bem como relatos de assassinatos e profanação de seus corpos", disse ele. "Os civis nunca devem ser usados como moeda de troca", continuou.

Em seu apelo, Volker Türk defendeu que as pessoas privadas de liberdade no Território Palestino Ocupado, assim como em Israel, sejam tratadas com humanidade. O Escritório de Direitos Humanos da ONU aponta que as operações aéreas israelenses atingiram grandes torres residenciais na Cidade de Gaza e outros edifícios em Gaza, entre eles escolas e instalações da agência de assistência e trabalho da ONU (UNRWA), resultando em centenas de vítimas civis.

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"O direito humanitário internacional é claro: a obrigação de tomar cuidado constante para poupar a população civil e os objetos civis permanece aplicável durante os ataques", disse Türk. Para ele, o cerco das forças de Israel pode “agravar seriamente a já terrível situação humanitária e de direitos humanos em Gaza, incluindo a capacidade de funcionamento das instalações médicas, especialmente em função do número crescente de feridos".

Em comunicado, a diplomacia de Israel apresentou uma dura resposta aos apelos da ONU, afirmando que mais de 900 israelenses inocentes foram mortos, milhares continuam feridos, 260 foram mortos em um festival musical e 100 assassinados em um único kibutz. “No entanto, o Alto Comissário não consegue chamar esses atos bárbaros de terrorismo. Ele não consegue condenar aqueles que realizaram os ataques como terroristas", respondeu. "O Alto Comissário fala de um barril de pólvora. No entanto, ele não menciona quem o acendeu", continuou.

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O texto segue afirmando que a declaração do Alto Comissário não destaca que, no sábado, “mais de 1.500 terroristas do Hamas entraram em Israel, assassinaram brutalmente centenas de nossos cidadãos a sangue frio e sequestraram dezenas de outros", afirmou.

Israel destacou, ainda, que mais de 4 mil foguetes foram lançados indiscriminadamente contra seus cidadãos a partir de Gaza. "Essa não é uma situação que "se repete constantemente". Trata-se de um massacre sem precedentes de israelenses inocentes, e Israel tem todo o direito de se defender contra essa brutalidade", continuou.

O governo israelense segue afirmando que suas forças militares têm como alvo apenas as capacidades terroristas em Gaza, mas o Hamas está “usando a população local e os reféns como escudos humanos". "A responsabilidade total pela situação em Israel e em Gaza é do Hamas e da Jihad Islâmica, duas organizações terroristas apoiadas pelo regime iraniano", disse.

"Esses ataques fazem com que o povo judeu se lembre dos pogroms. Os testemunhos dos sobreviventes nos lembram dos dias mais sombrios durante o Holocausto. A resposta da comunidade internacional deve ser clara. Ela deve chamar as coisas pelo nome. Ela deve chamar esses atos bárbaros que ocorreram no fim de semana de atos de terrorismo. Deve chamar de terroristas aqueles que cometeram esses atos. Ela deve exigir a libertação imediata de todos os que estão presos em Gaza", completou.

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