Infestação de percevejos em Paris faz autoridades decretarem grave crise de saúde e higiene
Um das grandes preocupações é com as Olimpíadas de 2024 que ocorrerá na cidade e receberá pessoas do mundo inteiro
Há nove meses de sediar as Olimpiadas de 2024, a cidade de Paris, na França, têm passado por uma crise de saúde e higiene por ter lugares públicos e privados infestados por percevejos. Segundo a Câmara Sindical de Controle de Insetos da França, um dos motivos para o crescimento do número de percevejos é a temperatura, que aumentou 4,5°C.
Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o número alto de insetos nas ruas, assim como em colchões e outros móveis. Confira:
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O alto fluxo de pessoas na cidade também é um fator que contribui para a problemática, pois muitos costumam viajar nos períodos de julho e agosto para lugares onde habitam os insetos. Ao retornarem, os visitantes levam consigo alguns destes animais, o que explica o aumento do número dos registros pela cidade.
Inúmeros relatos de internautas mostram que os percevejos foram vistos em salas de cinema e que pessoas foram picadas por eles. Outros, mostraram poltronas de aviões infestadas pela praga.
De acordo com o entomologista Jean-Michel Bérenger, a tendência é que crises como essa aumentem a níveis globais, já que Paris costuma receber muitos turistas que, em algum momento, vão retornar para os seus países. “O número de percevejos provavelmente continuará a aumentar", afirma.
Outro problema aliado à infestação é o pânico que se instalou na população local. Segundo Berenger, a crise está ainda mais grave por conta do medo das pessoas com relação ao inseto. "Há um elemento novo neste ano: a psicose geral que se instalou".
Como a França está resolvendo o problema?
De acordo com a agência nacional de segurança sanitária da França, Anses, o preço médio para tratar uma infestação de percevejos no país é de 890 euros (R$ 4.740).
O alto custo fez com que Direcção de Defesa do Consumidor de França registrasse 40 fraudes de serviços como esse nos últimos meses, levando à criação de um registro nacional de empresas certificadas.
Por outro lado, há também tratamento gratuito para pessoas de baixa renda, mas a demora no serviço pode atrapalhar no combate à crise.
*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com
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