Homem assume ter estuprado e matado ao menos 39 cães; justiça tem outras 20 acusações

Adam compartilhou imagens dos crimes na internet, usando pseudônimos, principalmente na plataforma Telegram

Rayanne Bulhões

Um renomado especialista em crocodilos e pesquisador sênior da Universidade Charles Darwin, na Austrália, chamado Adam Britton, se declarou culpado por uma série de acusações de zoofilia. Os crimes incluem tortura, assassinato e estupro de pelo menos 39 cães. Britton, que já trabalhou em produções da BBC e da National Geographic, gerou 60 acusações relacionadas a zoofilia e material de abuso infantil.

O homem tinha uma "sala de tortura" na própria casa. No local, foi localizado um contêiner com equipamentos de gravação. Adam compartilhou imagens dos crimes na internet, usando pseudônimos, principalmente na plataforma Telegram. A polícia australiana do Território do Norte (TN) foi alertada por um dos vídeos e prendeu Britton em abril de 2022.

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Durante uma audiência na Suprema Corte do TN, promotores revelaram que Britton possuía um "interesse sexual sádico" por animais desde pelo menos 2014. Além de abusar dos próprios animais de estimação, ele manipulou outros donos de cães para que entregassem os animais. A descrição dos crimes cometidos por Britton era tão séria que o juiz recomendou que algumas pessoas deixassem a sala do tribunal.

O zoólogo utilizou o site de classificados online "Gumtree Australia" para localizar pessoas interessadas em animais de estimação. Ele estabeleceu um relacionamento com essas pessoas, muitas vezes convencendo-as a entregar seus cães devido a viagens ou compromissos de trabalho. Quando procurava por atualizações sobre antigos animais de estimação, Britton inventava histórias falsas e enviava fotos antigas.

Dos 42 cães que foram abusados, ​​nos 18 meses anteriores à sua prisão, 39 não sobreviveram. Durante uma busca na residência, as autoridades apreenderam 44 itens, incluindo computadores, telefones celulares, câmeras, unidades de disco rígido externas, ferramentas e armas. Também foram encontrados 15 arquivos de material de abuso infantil no laptop.

Adam Britton interagiu com outros indivíduos com ideias semelhantes na plataforma Telegram, onde expressou dificuldades em impedir os abusos. Ele disse a um usuário anônimo: "Eu tinha reprimido isso. Nos últimos anos deixei escapar de novo e agora não consigo parar. Eu não quero."

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