Guerra na Ucrânia: para evitar fuga de jovens, Rússia muda regras de convocação de militares
Novo método de alistamento busca impossibilitar a saída em massa de jovens do país, como ocorreu no ano passado
Lei aprovada às pressas pela Duma, a Câmara Baixa do Parlamento russo, estabelece novo método de convocação de militares com o objetivo de impedir a fuga em massa de jovens chamados para lutar na guerra contra a Ucrânia. Com a mudança, convocação será eletrônica, por meio do portal de serviços do governo, o Gosuslugi. Depois que a intimação for emitida, o jovem tem 20 dias para se apresentar ao cartório de alistamento mais próximo e não pode mais sair do país, vender imóveis ou pedir empréstimos. Aqueles que não atenderem ao chamado, enfrentarão medidas duras, como a proibição de dirigir e receber benefícios estatais.
Aualmente, a convocação é feita por escrito e permite brechas, pois precisa ser entregue pessoalmente. Em setembro do ano passado, quando o Kremlin anunciou a mobilização de 300 mil homens para as forças armadas, o pânico se alastrou. Aeroportos ficaram lotados de homens que fugiam às pressas do país para escapar da guerra. Também se formaram imensas filas de carros nas estradas tentando deixar a Rússia.
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Este ano, o alistamento prevê a contratação de 521 mil militares — 116 mil a mais do que em 2022. Além disso, a idade mínima para o recrutamento será ampliada e ficará entre 21 e 30 anos. Hoje, a idade é entre 18 e 27 anos,
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