Ex-clientes afirmam que Kat Torres propunha relacionamentos com americanos em troca de dinheiro
Guru espiritual, influenciadora digital e ex-modelo paraense está no centro de uma série de acusações, que vão de estelionato a tráfico humano
A ex-modelo paraense Katiuscia Torres, conhecida como Kate A Luz ou Kat Torres, que atualmente atua como guru espiritual e é influenciadora digital, está no centro de uma série de acusações, que vão de estelionato a tráfico humano. O caso, que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, veio à tona depois que parentes e amigos de duas brasileiras que foram aos Estados Unidos trabalhar com Kat perderam o contato com as jovens, Letícia e Desirré, de 21 e 26 anos, respectivamente. As informações são do Programa Fantástico, da Rede Globo.
Cinco ex-clientes da paraense afirmam que se sentem enganadas pela guru espiritual, que trabalha com supostos rituais para segurar um amor ou banhos que atrairiam prosperidade. As mulheres contaram que depois de pagarem as consultas, foram chamadas para trabalhar com Kat, algumas nos Estados Unidos.
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Uma delas, por exemplo, disse que saiu de casa e ficou numa situação “totalmente vulnerável”. “Eu estava as mãos dela, não me pagou salário nenhum e como que eu ia sair? Fiquei com fome muitas vezes", relata.
Há ainda ex-clientes que afirmam que Kat propunha relacionamentos com homens americanos em troca de dinheiro: “Você tem problema em ser sugar baby. As meninas fazem US$ 1.000 por dia. Eu agradeço por não ter caído na dela”.
Além de investirem alto nas promessas da guru espiritual, algumas clientes também eram orientadas a suspender tratamentos médicos: “Tinha acabado de perder os meus pais. E aí ela falou que eu precisava parar de tomar os meus antidepressivos. Eu tive que tirar as minhas aplicações. Bem por alto, acho que uns 80.000 e contar assim os juros que ela teria que pagar”.
Presa nos Estados Unidos no dia 2 de novembro, junto com Desiree e Letícia, Kat Torres informou por telefone que ainda não tem advogado. “Eu não sei por que fui presa. Eles dizem que o meu visto estava vencido e que agora eu tenho que deixar o país, mas eles não me dão mais informações”, afirma.
As jovens foram detidas por policiais de imigração no estado do Maine, que fica no extremo nordeste dos EUA e faz fronteira com o Canadá. Segundo a polícia de imigração, elas foram presas porque estão ilegais no país.
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