Estados Unidos relutam, mas após anos de batalha judicial, devolvem esmeralda ao Brasil
A pedra bruta contrabandeada foi encontrada na Bahia e ainda não tem data para chegar no Brasil
Após anos de luta judicial, os Estados Unidos formalizaram a repatriação de uma esmeralda brasileira avaliada em cerca de R$ 6 bilhões. Encontrada em Pindobaçu, na Bahia, a pedra bruta foi retirada do país sem autorização e enviada aos EUA com documentos falsos, classificada como betume natural. A esmeralda resistiu às inundações provocadas pelo furacão Katrina, em 2005.
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A pedra preciosa possui 380 quilos e, aproximadamente, 180 quilates. Apreendida em 2008, em Las Vegas, a esmeralda esteve sob custódia das forças especiais norte-americanas e passou a ser reivindicada por diferentes partes, como o Brasil, empresas e indivíduos. Há 10 anos, o Brasil conseguiu uma decisão cautelar nos EUA que impedia a venda da pedra.
Em 2022, a Advocacia Geral da União (AGU), por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), solicitou cooperação jurídica aos Estados Unidos. O pedido foi atendido pelo país. Após dois anos, em novembro de 2024, a Justiça norte-americana aceitou a petição de devolução da pedra, feita pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).
A esmeralda Bahia ainda não tem data oficial para chegar ao Brasil. No país, ela deve ficar em exibição no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Caso haja contestação até fevereiro de 2025, prazo final dado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos para a repatriação da pedra, a devolução definitiva pode ser adiada.
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