Dois casos de gripe aviárias em humanos são registrados na China
Não há indícios de transmissão entre humanos, até o momento
Dois casos de gripe aviária foram confirmados em humanos na China, nesta quinta-feira (2). As autoridades locais informaram que os pacientes são uma mulher, de 53 anos, e um homem, de 49. Não foram constatadas, até o momento, nenhuma relação entre os dois diagnósticos ou que a transmissão tenha acontecido entre humanos.
A paciente é moradora da província de Jiangsu, no leste da China, e tem histórico de contato com aves. Ela adoeceu em 31 de janeiro, após comer frango e foi hospitalizada em 4 de fevereiro. O caso foi informado à Organização Mundial da Saúde (OMS) na última sexta-feira (24), mas foi noticiado apenas nesta quinta-feira (2).
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A amostra do vírus encontrado na paciente revela que se trata de uma cepa do H5N1 em alta circulação entre animais.
Segundo caso
Em 17 de dezembro de 2022, o outro paciente desenvolveu os sintomas de infecção e foi internado quatro dias depois e segue em estado grave. Ele tem 49 anos e mora na província de Guangdong, no sul da China. O homem testou positivo para gripe aviária A (H5N6), um tipo que causa casos graves em humanos e tem uma alta taxa de mortalidade.
Morte no Camboja
A cepa encontrada na China é diferente da que circula no Camboja, onde uma menina de 11 anos morreu em decorrência de gripe aviária. O pai dela, de 49 anos, também testou positivo para o vírus. A principal suspeita é que a garota tenha se infectado por aves domésticas na província de Prey Veng.
Cientistas do Institut Pasteur, que investigam o caso, afirmam que o vírus H5N1 coletado na garota era diferente do encontrado em aves da região. Eles acreditam na possibilidade de que o vírus H5N1 tenha sofrido mutações para infectar melhor as células humanas.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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