Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha: conheça a data e sua importância
Comemorado no dia 25 de julho, o dia tem importância para a visibilidade do papel das mulheres negras na história; no Brasil, a data é marcada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que revela a importância do papel de Tereza para a história brasileira
Na data de hoje, 25 de julho, é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A data foi estabelecida após a realização do 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas, que ocorreu na República Dominicana, em 1992. Na ocasião, o encontro propôs a união entre este grupo de mulheres e também denunciou o racismo e machismo enfrentado pelas mulheres negras nas Américas e ao redor do mundo. Em 2022, completam-se 30 anos desta data que marca a história das mulheres negras latinas e caribenhas.
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Diferenças ainda são visíveis na política
A representação feminina na política brasileira ainda deixa a desejar. Em um ranking de 187 países, o Brasil ocupa a 145º posição no que tange a representação de mulheres na Câmara de Deputados. Mulheres negras eram, em 2020, apenas 2% do Congresso Nacional, sendo menos de 1% na Câmara dos Deputados.
O número de mulheres eleitas cresceu, mas ainda existe um escopo a ser superado. Das 77 eleitas para a Câmara Federal em 2018, apenas 13 eram negras e uma indígena. Entre as 7 senadoras também eleitas no mesmo ano, nenhuma é negra.
Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra
Ficou estabelecido, através da Lei 12.987/2014 o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, no Brasil. A data visa reforçar o dia estabelecido no encontro ocorrido na República Dominicana, e também tem o objetivo de marcar a importância do papel da mulher negra na história brasileira, através da figura de Tereza de Benguela.
Conhecida também como “Rainha Tereza”, foi uma líder quilombola do Quilombo Quariterê, localizado na fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia, onde por mais de 20 anos liderou a resistência contra o escravismo e as atividades econômicas e políticas do quilombo.
(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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