Coreia do Sul registra enfrentamentos em nova tentativa de prisão do presidente afastado
Agentes do CIO, o órgão que centraliza as investigações de Yoo, foram contidos por membros da guarda presidencial, que tentaram evitar a operação
Investigadores que se dirigiram nesta quarta-feira (15) para prender o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, por sua tentativa fracassada de impor a lei marcial, se depararam com membros da guarda presidencial, que tentaram evitar a operação, observou a AFP.
Os agentes do CIO, o órgão que centraliza as investigações de Yoo, "estão bloqueados em frente ao Serviço de Segurança Presidencial (PSS) após apresentarem os mandados", que incluem uma ordem de captura, informou a agência de notícias Yonhap.
Yoon foi afastado de suas funções e está sendo investigado por ter instaurado lei marcial em 3 de dezembro, por um breve período, com o objetivo -- segundo ele -- de proteger o país das "forças comunistas norte-coreanas" e "eliminar os elementos hostis ao Estado".
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Duas horas depois, cerca de 190 deputados conseguiram entrar no Parlamento, apesar da resistência dos militares, e aprovaram uma moção reivindicando a suspensão da lei marcial. Pressionado pelos deputados, por milhares de manifestantes pró-democracia e forçado pela Constituição, Yoon teve que retroagir.
Em 14 de dezembro, ele foi afastado de suas funções por conta de uma moção de destituição. Em 3 de janeiro, o PSS já havia impedido uma primeira tentativa de deter Yoon.
"A execução da ordem de prisão presidencial começou. Este é um momento crucial para manter a ordem e o Estado de Direito na Coreia do Sul", declarou em comunicado o presidente interino, Choi Sang-mok, que ressaltou "a importância de se evitar o conflito físico".
Nesta terça (já manhã de quarta na Coreia), imagens transmitidas ao vivo na televisão mostravam pessoas não identificadas interrompendo a passagem de efetivos do CIO e da polícia quando estes tentavam entrar na residência de Yoon.
Os investigadores, que haviam advertido que deteriam qualquer um que os impedisse de fazer seu trabalho, entraram em "confronto físico quando tentavam ingressar à força na residência presidencial", informou a Yonhap, sem detalhar quem os agentes enfrentaram. Segundo um jornalista da AFP, ambos os grupos trocaram socos.
Em frente à residência presidencial, simpatizantes de Yoon gritavam "mandado ilegal!" e tremulavam bandeiras americanas. Além disso, uns 30 deputados do Partido do Poder Popular (PPP), de Yoon, compareceram ao local para proteger seu líder, segundo a Yonhap.
Se for preso, Yoon Suk Yeol se tornará o primeiro chefe de estado sul-coreano em exercício a ser detido.
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