Parlamento da Coreia do Sul aprova impeachment de presidente
A crise que culminou no impeachment começou em novembro, quando Yoon Suk Yeol decretou lei marcial em resposta a protestos e instabilidade política
O Parlamento sul-coreano aprovou neste sábado (14) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, menos de duas semanas após ele decretar e revogar uma polêmica lei marcial. A decisão, que contou com 204 votos a favor entre os 300 deputados, suspende Yoon imediatamente de suas funções, transferindo o cargo de presidente interino ao primeiro-ministro.
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A votação ocorreu em meio a intensas tensões políticas e mobilizações populares em Seul. Do lado de fora do prédio do Parlamento, manifestantes comemoraram o resultado enquanto, dentro, os parlamentares da oposição, liderados pelo Partido Democrata, aplaudiam a decisão. Os colegas de partido de Yoon deixaram o plenário em silêncio.
Apesar da aprovação no Parlamento, a destituição de Yoon ainda não é definitiva. O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul terá até seis meses para analisar o caso e decidir se confirma ou rejeita o impeachment. Caso a destituição seja ratificada, o país deverá convocar eleições presidenciais em até 60 dias.
Escalada da crise política
A crise que culminou no impeachment começou em novembro, quando Yoon Suk Yeol decretou lei marcial em resposta a protestos e instabilidade política. A decisão gerou alarme no Parlamento e entre a população, com manifestações organizadas às pressas nas ruas de Seul.
Menos de 24 horas após a decretação, e diante da pressão popular e política, Yoon revogou a medida. O Parlamento votou pela anulação do decreto e, na sequência, os partidos de oposição apresentaram a moção de impeachment.
Yoon enfrentou uma primeira tentativa de destituição no Parlamento na semana anterior, mas a proposta foi rejeitada por falta de apoio dentro do partido governista. Neste sábado, no entanto, a oposição conseguiu os votos necessários para aprovar a medida.
Reação de Yoon
Pouco após a divulgação do resultado, Yoon Suk Yeol emitiu um comunicado reconhecendo a decisão parlamentar, mas sugerindo que continuará ativo na política. “Mesmo que eu pare por agora, a jornada em direção ao futuro em que tenho estado nos últimos dois anos e meio nunca deve parar. Nunca desistirei. Levarei a sério suas críticas, elogios e apoio e farei o meu melhor pelo país até o fim”, declarou.
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