Conflito no Oriente Médio: Líderes da UE discutem 'pausas' humanitárias na Faixa de Gaza

Após o ataque do grupo islamista Hamas em território israelense em 7 de outubro, Israel iniciou uma operação de represália contra a Faixa de Gaza, onde um número elevado de mortes de civis provoca preocupação entre a comunidade internacional

AFP
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Os governantes dos países da União Europeia (UE) iniciaram uma cúpula, nesta quinta-feira (26), para elaborar uma estratégia unificada de levar ajuda humanitária para a população civil na Faixa de Gaza. O encontro terá a duração de dois dias. A UE já divulgou um documento em que expressa apoio explícito ao direito de Israel à autodefesa, mas com respeito ao direito internacional, em particular à proteção dos civis.

Após o ataque do grupo islamista Hamas em território israelense em 7 de outubro, Israel iniciou uma operação de represália contra a Faixa de Gaza, onde um número elevado de mortes de civis provoca preocupação entre a comunidade internacional. Diante da situação dramática em Gaza, os líderes pretendem garantir que os palestinos do enclave recebam ajuda humanitária urgente e negociam um texto de consenso sobre uma interrupção das hostilidades.

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O que diz o documento? 

A versão mais recente no rascunho das conclusões do encontro de cúpula, pede a implementação de "corredores humanitários e pausas", para proteger a população civil. Uma versão anterior do texto mencionava a necessidade de uma "pausa humanitária" para que a ajuda consiga chegar aos civis palestinos. Após idas e vindas diplomáticas, a formulação final está nas mãos dos líderes europeus.

A ONU já defendeu um "cessar-fogo", mas fontes diplomáticas afirmaram que, no atual cenário, a Alemanha apresentou a ideia de mencionar "janelas" humanitárias, no plural. Um funcionário de alto escalão da UE disse na quarta-feira que "as letras, as vírgulas e o idioma importam, e é assim que os acordos são alcançados".

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Ao chegar à reunião, o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, manifestou-se a favor de um "cessar-fogo". "Gostaria de ver um cessar-fogo para fins humanitários. Mas se não tivermos condições para isso, pelo menos uma pausa humanitária para canalizar toda a ajuda", disse.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que os líderes discutirão "como assegurar que o acesso humanitário. Acreditamos que os civis devem ser protegidos sempre e em qualquer lugar".

Já o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, declarou que seu país "insistirá em que devemos ter um cessar-fogo em Gaza, uma oportunidade para levar ajuda humanitária" e retirar cidadãos da UE do território palestino.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse, por sua vez, que "Israel é um Estado democrático (...) e, por isso, tenho certeza de que as forças israelenses vão seguir as regras do direito internacional".

 

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