Condições do Hamas para fim da guerra e libertação de reféns são rejeitadas por Netanyahu
Ele diz que, se Israel aceitasse as condições, os "soldados teriam tombado em vão" e não seria possível garantir a segurança dos cidadãos
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu rejeitou as condições apresentadas pelo grupo terrorista Hamas para acabar com a guerra e libertar os reféns que permanecem na Faixa de Gaza. A saída total de Israel da região e a manutenção do poder com o Hamas eram exigências da proposta.
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Neste domingo (21), Netanyahu disse, em relação aos reféns, que "até o dia de hoje, trouxemos para casa 110 deles e estamos empenhados em recuperar todos. É um dos nossos objetivos de guerra e a pressão militar é uma condição necessária para a alcançarmos. Estou trabalhando nisso incessantemente", garantiu.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro israelense, deve ficar bem claro que o país rejeita "veementemente os termos de capitulação dos monstros do Hamas. O Hamas exige em troca da libertação dos reféns o fim da guerra, a retirada das nossas forças de Gaza, a libertação de assassinos e violadores de Nukhba (força de elite do Hamas) e a permanência do grupo".
Ele diz que, se Israel aceitasse as condições, os "soldados teriam tombado em vão" e não seria possível garantir a segurança dos cidadãos. "Não poderíamos devolver às suas casas em segurança as pessoas deslocadas, e o próximo 7 de outubro seria apenas uma questão de tempo", pontuou. Benjamim Netanyahu enfatizou, na declaração, que insistirá no "controle total da segurança israelense sobre todo o território a oeste da Jordânia".
'Não há possibilidade de libertar reféns', diz Hamas
Após a decisão de Netanyahu, um representante do Hamas afirmou à Reuters que a recusa do premiê em colocar um ponto final no conflito "significa que não há possibilidade de libertar os reféns que permanecem cativos".
Mais de 100 dos cerca de 240 reféns levados para Gaza durante o ataque do Hamas foram libertados em troca de 240 palestinos que estavam detidos nas prisões israelenses. Isso aconteceu em novembro, em um acordo mediado pelos Estados Unidos, o Catar e o Egito. Netanyahu tem enfrentado, desde então, uma pressão crescente para a libertação dos 136 reféns que permanecem em cativeiro.
Familiar de um dos reféns, uma pessoa disse que "temos de avançar com o acordo agora". "Se o primeiro-ministro decidir sacrificar os reféns, deve mostrar liderança e partilhar honestamente a sua posição com o público israelense", continuou. Os familiares exigem ação, em protesto em frente à residência de Netanyahu.
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