Candidato de extrema direita sai na frente nas eleições da Argentina; saiba quem é

Com mais de 90% das mesas contabilizadas, Javier Milei chegou a 30,06% dos votos

Luciana Carvalho
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No último domingo (13), eleitores foram às urnas na Argentina para escolher, nas eleições primárias, os candidatos que concorrerão à Presidência no dia 22 de outubro deste ano. Com mais de 90% das mesas contabilizadas, a principal surpresa foi a escolha do candidato de extrema-direita, Javier Milei, que chegou a 30,06% dos votos.

O candidato da chapa 'A Liberdade Avança' disputará a Presidência com a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich (centro-direita) e o ministro da Economia, Sergio Massa (peronismo).

Por lei, todos os partidos argentinos são obrigados a fazer prévias — mesmo que haja apenas um candidato e isso seja só uma formalidade —, e todas as frentes políticas passam pelas eleições primárias no mesmo dia.

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O partido de direita Juntos por El Cambio obteve 28% e ficou na segunda posição: Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança, marcou 17% e superou Horacio Larreta, chefe de governo da cidade de Buenos Aires, que ficou com 11%. Os peronistas fecharam o dia na terceira colocação. O ministro da Economia, Sergio Massa, conquistou 21% dos votos e venceu Juan Grabois, com 6%. A coalizão, portanto, representa 27% do eleitorado nas primárias.

Quem é Javier Milei

Javier Milei é um economista argentino formado pela Universidade de Belgrano, tem 52 anos e é natural de Buenos Aires

De acordo com o jornal "Clarín", Milei, da chapa "A Liberdade Avança", se apresentava — e era visto assim — como um personagem que vinha de fora para combater as más práticas da política. Suas promessas incluem dolarizar a economia e fechar o Banco Central.

O jornal "El País" descreve Milei como um economista ultraliberal, que se declara "anarcocapitalista". O argentino é contra o aborto, considera as mudanças climáticas "uma farsa" da esquerda, e se identifica com a extrema direita do Vox na Espanha, também segundo o jornal.

Milei foi assessor do general Antonio Bussi, militar que foi governador da província de Tucumán durante a ditadura e posteriormente deputado nacional; economista-chefe da Fundação Acordar, do ex-governador peronista de Buenos Aires, Daniel Scioli; e trabalhou na empresa que administra a maioria dos aeroportos argentinos. É também admirador de Jair Bolsonaro, com quem costuma ser comparado, e de Donald Trump.

Filho de um motorista de ônibus que se tornou empresário do transporte e de uma dona de casa, Milei cresceu em um lar violento e sofreu bullying na escola. "Para mim eles estão mortos", dizia sobre seus pais em 2018, no auge de sua carreira como apresentador de um talk show de televisão, segundo o jornal "El País". Ele voltou a falar com os pais durante a pandemia, segundo o "La Nacion".

(Luciana Carvalho, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com).

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