Brasileiro é mantido como refém pelo Hamas há mais de 100 dias
Michel Nisenbaum foi visto pela última vez no dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel
Terroristas do Hamas mantêm um brasileiro como refém há mais de três meses, segundo informações repassadas pela organização StandWihtUs Brasil, neste domingo (14), data em que a guerra entre o grupo palestino e Israel entrou no centésimo dia.
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O órgão diz que, de 100 a 240 pessoas, inclusive o brasileiro Michel Nisenbaum, continuam em cativeiro durante todo esse período. "Ele e todos os reféns não podem ser esquecidos nem deixados para trás", afirmou o StandWithUs, em postagem no X. Confira:
Hoje (14) faz 100 dias que 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas em Israel. Mais de 100 delas ainda permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, inclusive o brasileiro Michel Nisenbaum. Ele e todos os reféns não podem ser esquecidos e deixados para trás.
— StandWithUs Brasil (@StandwithusBr) January 14, 2024
Tragam-nos de volta… pic.twitter.com/VBfcVDvxM5
Brasileiro mantido refém pelo Hamas
Com 59 anos, Michel Nisenbaum foi visto pela última vez no dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, potencializando o conflito. Na ocasião, os extremistas assassinaram 1,2 mil pessoas e sequestraram outras 240.
O último contato do brasileiro com a família foi naquele mesmo dia - ele estava na cidade de Sderot, perto da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. Como não houve comunicação de morte, a família tem certeza de que ele é um dos reféns. A Interpol comunicou o desaparecimento ao Itamaraty em 22 de outubro do ano passado.
Nisenbaum é pai de duas filhas, Michal Ben David e Hen Mahluf, e avô de cinco netos. Sua mãe, Sulmira, de 86 anos, e sua irmã, Mary Shohat, de 66 anos, também moram em Israel. Nascido em Niterói (RJ), em 1964, Nisenbaum imigrou para Israel em 1976, levado pela irmã. Ela havia ido morar no país do Oriente Médio um ano antes. Atualmente, ele tem dupla nacionalidade: é brasileiro e israelense.
Família sofre com desaparecimento
A irmã de Michel, que mora em Beer Sheva, relatou à revista Oeste o sofrimento da família com o desaparecimento de Nisenbaum. Ela contou que a última vez que falou com o irmão foi em 5 de outubro, e a notícia do ataque, na manhã de 7 de outubro, foi "um choque devastador".
A família só sabe que "encontraram o carro dele todo queimado". O irmão dela ia de Sderot, onde mora, para buscar a neta dele. A criança estava com o pai, que é soldado, na base militar em Reim, na região sul israelense.
Mary contou ainda que Michel havia concluído recentemente um curso de guia de turismo e queria mostrar Israel a brasileiros, outros latinos e até mesmo a israelenses. "O sonho dele é continuar trabalhando, viajar a Ashkelon para ver as filhas e os netos. E continuar ajudando a nossa mãe", disse.
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