Brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia conseguiu o perdão real da multa
Ela e outro brasileiro foram detidos em fevereiro de 2022, no aeroporto de Bangkok, com 9 kg de cocaína
Mary Hellen, brasileira condenada por tráfico internacional de drogas na Tailândia, em maio de 2022, conseguiu o perdão real da multa da condenação civil e redução da pena. O valor é de aproximadamente R$ 105 mil. Nesta semana, a condenação da jovem completou dois anos.
Ela e outro brasileiro foram detidos em fevereiro de 2022, no aeroporto de Bangkok, com 9 kg de cocaína. Em maio do mesmo ano, a Justiça Tailandesa condenou a moradora de Pouso Alegre, em Minas Gerais, há 9 anos e 6 meses de prisão, divididos em 2 anos por crime civil e 7 anos e 6 meses por crime penal.
De acordo com a advogada de defesa, Kaelly Cavolli Moreira, Mary Hellen conseguiu o perdão real dos valores da multa da sentença pela condenação civil. O valor é de 750 mil Baht, o equivalente a cerca de R$ 105 mil, segundo o câmbio neste domingo (12). Portanto, com o perdão, ela conseguiu isenção total do pagamento da multa e redução de dois anos da pena.
“Isso se deu ao bom comportamento dela e a participação em atividades extras na prisão. Mary Hellen tem uma boa relação com a unidade prisional e sempre que pode participa de atividades extras”, explicou a advogada Kaelly Cavoli Moreira, em entrevista o G1 do Sul de Minas.
Com o perdão real da multa, o tempo na cadeia também deve reduzir e Mary deverá cumprir 7 anos e 6 meses de prisão. Caso não tivesse o perdão e não pagasse a multa, no âmbito penal, a pena poderia subir para pouco mais de 11 anos de prisão.
Próximas etapas
Mary Hellen continuará presa na Tailândia, mesmo sem precisar pagar a multa. No entanto, a defesa da jovem estuda formas de conseguir o perdão total da pena da brasileira. A expectativa é que a decisão saia após o mês de julho.
A defesa também está monitorando a possibilidade de perdão real em relação ao tempo de pena, o que tradicionalmente é possível no aniversário do rei, quando acontece uma celebração que avalia e beneficia as pessoas presas com bom comportamento. “Encaminhamos a documentação pertinente e há confiança de que sua situação carcerária será reavaliada favoravelmente”, disse a advogada.
A prisão feminina que a brasileira vive é compartilhada e com boas condições humanitárias. Ela tem se dedicado a aprender inglês e tailandês, durante este período em que está presa.
Além disso, a jovem está se comunicando com familiares no Brasil e recebe um pequeno auxílio financeiro mensal da embaixada para adquirir itens de higiene e necessidades básicas.
Caso Mary Hellen
Em fevereiro de 2022, Mary Hellen Coelho Silva foi detida com outro brasileiro no aeroporto de Bangkok, com 9 kg de cocaína. A droga estava escondida dentro de um compartimento oculto das três malas que eles carregavam. Outros seis quilos da droga estavam com outro suspeito, que foi preso horas depois. Os três são investigados por tráfico internacional de drogas.
O Itamaraty, na época, informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanhava a situação e presta toda assistência aos brasileiros. Segundo a nova legislação da Tailândia, a pena máxima para o tráfico de cocaína no país é de 15 anos de prisão, desde o fim de 2021, quando a lei contra o tráfico de drogas mudou no país.
Mary Hellen se declarou culpada perante o juiz da Tailândia, segundo informou o advogado Telêmaco Marrace. Por isso, no dia 7 de maio, a jovem não foi julgada por um tribunal e foi apenas sentenciada. A brasileira ainda confessou que entrou com drogas no país e afirmou ter sido 'mula' do tráfico.
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(*Suellen Santos, estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora de Política e Economia)
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