Brasil e China fazem apelo para que países desenvolvidos liderem esforços contra mudanças climáticas
Declaração conjunta entre os dois países pede protagonismo de países ricos e que cumpram promessas do Acordo de Paris
Em uma declaração conjunta, Brasil e China apelaram para que países desenvolvidos assumam a liderança em torno da causa das mudanças climáticas. O documento pede que se cumpram os termos do Acordo de Paris, que prevê que pelo menos US$ 100 bilhões de dólares sejam anualmente destinados pelos países mais ricos ao financiamento de soluções para mitigar a crise climática.
De acordo com a declaração, "exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano e oferecer um roteiro claro de duplicação do financiamento da adaptação".
O documento também menciona o apoio da China para que o Brasil sedie a 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), prevista para 2025 e que pode ocorrer em Belém. O texto ressalta a "responsabilidade histórica" dos países mais ricos sobre a emissão de gases do efeito estufa, razão pela qual "devem assumir a liderança na ampliação das ações climáticas".
Países defendem multilateralismo
Outro ponto que teve destaque no documento é o fortalecimento do protagonismo dos países em desenvolvimento no debate mundial sobre as mudanças no clima. "Estamos determinados a fortalecer ainda mais o multilateralismo, inclusive com todos os nossos parceiros dentro do Grupo dos 77 e da China (G77+China)."
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A declaração conjunta também reforça o compromisso dos dois países em refutar o unilateralismo e as barreiras verdes, restrições de comércio internacional fundamentadas em questões ambientais. O Acordo de Paris foi assinado em dezembro de 2015, durante a 21ª Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas, e é considerado o acordo mundial mais importante sobre o tema desde o Protocolo de Kyoto, de 1997.
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