Bombardeiros russos sobrevoam Mar do Japão durante visita do primeiro-ministro a Ucrânia

O Japão tem estado em sintonia com as outras nações que gazem parte do G7, estabelecendo sanções a Rússia e apoiando a Ucrânia

Luciana Carvalho
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Nesta terça-feira (21), dois bombardeiros estratégicos russos sobrevoaram o Mar do Japão durante mais de sete horas. A ação foi confirmada pelo Ministério russo da Defesa, no mesmo dia em que o primeiro-ministro japonêsFumio Kishida, visita a Ucrânia para se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Esta é a primeira vez que um chefe de governo japonês visita um país ou região em conflito, desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com a televisão pública japonesa, Kishida seguiu da Polônia, em um comboio, com destino a Kiev, como demonstração de apoio às forças ucranianas contra a ofensiva russa.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão informou que Kishida vai “transmitir diretamente solidariedade e apoio inabalável à Ucrânia” e “rejeitar resolutamente a agressão da Rússia contra o país”.

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No mesmo dia, o Kremlin também disse que os aviões russos Tupolev TU-95MS, que voam regularmente sobre águas internacionais no Ártico, no Atlântico Norte e Pacífico, sobrevoaram o Mar do Japão. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os bombardeiros estratégicos fizeram um "voo planejado", escoltados por aviões de combate, em estrita conformidade com o direito internacional e em águas neutras.

Em fevereiro, o Departamento de Defesa norte-americano identificou vários bombardeiros e caças russos que sobrevoavam o espaço aéreo internacional perto do Alasca. O Japão disputa com a Rússia as águas das ilhas no Pacífico Norte. É um importante aliado dos Estados Unidos e do G7 (sete países mais industrializados do mundo) e, à semelhança do Ocidente, impôs sanções a Moscou condenando a invasão da Ucrânia.

A viagem surpresa de Kishida à Ucrânia ocorre poucas horas depois de se ter encontrado com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Nova Delhi. Kishida, que vai presidir à cúpula do G7 em maio, é o único líder do grupo que ainda não tinha visitado a Ucrânia.

O Japão tem estado em sintonia com as outras nações que fazem parte do G7, estabelecendo sanções a Rússia e apoiando a Ucrânia

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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