Biden faz discurso de despedida e adverte para 'oligarquia que ganha forma' nos EUA

Joe Biden será substituído por Donald Trump, que toma posse na próxima segunda-feira (20)

AFP
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O presidente dos Estados Unido, Joe Biden, pediu nesta quarta-feira (15) que os americanos a "mantenham a guarda" contra as ameaças dos oligarcas, da desinformação e da inteligência artificial em um futuro sob o mandato de Donald Trump, em seu discurso de despedida da Casa Branca.

Biden, que será substituído por Trump na segunda-feira, vangloriou-se de ter retirado a economia americana da profunda crise provocada pela pandemia de covid-19 e de ter fortalecido as alianças dos Estados Unidos no exterior.

Mas, imediatamente depois, enumerou uma série de perigos que, segundo ele, pairam sobre seus compatriotas.

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Em uma clara alusão aos vínculos próximos de Trump com o homem mais rico do mundo, Elon Musk, e outros magnatas, Biden disse que, nos Estados Unidos, está se configurando uma "oligarquia" e "uma perigosa concentração de poder nas mãos de poucas pessoas super-ricas".

No discurso de 25 minutos transmitido pela televisão, Biden disse que os super-ricos que cercam Trump representam uma concentração de "extrema riqueza, poder e influência que literalmente ameaça" a "democracia".

Biden recordou a advertência do presidente Dwight Eisenhower em seu próprio discurso de despedida sobre os perigos de um complexo militar industrial fora de controle e disse estar "igualmente preocupado" com as gigantes da tecnologia atuais.

"Estou igualmente preocupado com a possível ascensão de um complexo industrial tecnológico", afirmou.

Para ele, a combinação da inteligência artificial e de uma imprensa livre que "está ruindo" torna os americanos mais vulneráveis.

"Os americanos estão sendo soterrados por uma avalanche de desinformação", o que permite "o abuso de poder", disse o presidente em fim de mandato no Salão Oval.

Biden também se referiu aos planos de Trump de reduzir as proteções ambientais e de retirar o país de um importante acordo internacional para combater o aquecimento global.

O presidente democrata advertiu que "forças poderosas querem exercer sua influência sem controle para eliminar" as medidas tomadas contra a crise climática com o objetivo de "beneficiar seus próprios interesses de poder e lucro".

E mencionou outro desafio atual: a inteligência artificial.

"É a tecnologia mais importante de nosso tempo" que poderia trazer enormes benefícios, mas também apresenta "riscos para nossa economia e nossa segurança, nossa sociedade", afirmou.

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