Vítima de fake news: homem acusado de maus tratos contra cães diz que denúncia é falsa

Segundo ele, a foto publicada está fora de contexto e correntes só são usadas quando cachorras estão agitadas

Carolina Mota, com a colaboração do leitor Jorge Oliveira
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Um homem acusado de maltratar duas cachorras, no bairro do Tenoné, em Belém, afirma que as denúncias tratam-se de fake news. Segundo o acusado, as informações publicadas em uma rede social foram tiradas de contexto e, por conta disso, ele e a família estão sofrendo ameaças.

Jorge Rafael de Oliveira, 24 anos, é o dono das duas cachorras citadas na denúncia, Amora e Princesa, e disse que ficou surpreso ao se deparar com a postagem que já tinha mais de 163 compartilhamentos no Facebook. Ele registrou um Boletim de Ocorrência por conta da difamação virtual que sofreu. 

Na publicação, uma mulher diz que os animais estariam sendo vítimas de crueldade seguida de uma foto onde elas estão enroladas nas correntes.

De acordo com o relato do tutor das cachorras, comentários de ódio nas redes sociais, como "mata ele!" foram registrados, e alguém teria tentado empurrar a janela da casa dele já que no post consta o endereço completo do local.

Em outro comentário, uma pessoa afirma que a cachorra de pelagem preta seria de uma pessoa que mora em Marituba, o acusando de ter roubado o animal. "Estou sendo acusado de furto e de maus tratos. Fico com medo pois não sei o que se passa na cabeça das pessoas".

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O acusado contou que as cachorras estão com eles desde muito novas. Amora (à esquerda da foto) tem um pouco mais de dois anos e foi adotada ainda pequena, segundo o tutor.

Já a Princesa (à direita) foi encontrada na rua junto com um outro cachorro. Jorge e a esposa os acolheram até que encontrassem donos. "O macho logo foi adotado. Tenho até o contato da moça que ficou com ele. Já a Princesa foi ficando por aqui, pois é mais difícil alguém adotar uma fêmea pelo risco de gravidez", disse.

Ainda segundo Oliveira, as cachorras viviam livres de correntes, mas uma delas conseguiu fugir da casa e passou a rasgar sacos de lixo doméstico e "atacar" pessoas na rua, o que gerou reclamações da vizinhança.

Com isso, Jorge precisou mantê-las com corrente durante o período em que está trabalhando para evitar problemas.

"Elas ficam agitadas quando passam pessoas perto da casa e acabam se enrolando na corrente mesmo. Acredito que a foto tenha sido tirada nesse momento. Não sei se fizeram de maldade ou se a intenção era realmente ajudá-las, mas poderiam ter procurado esclarecer".

Oliveira contou à equipe do Eu Repórter que as duas são bem cuidadas e que ele faz todo o esforço possível para que elas fiquem bem. Vídeos encaminhados mostram elas brincando com os donos pela casa.

Tentativas de contato com a pessoa que fez a publicação foram feitas pela família de Jorge. A pessoa responsável pela publicação respondeu dizendo que havia tirado as informações de um outro lugar e compartilhado. Depois ela acabou bloqueando o número do acusado. 

A redação integrada do Grupo Liberal também entrou em contato com a mulher, que não retornou até o momento.

FAKE NEWS É CRIME

Espalhar boatos e mentiras pode ser configurado como crime de honra, previsto no Código Penal Brasileiro, com pena que pode chegar a dois anos e multa caso o fato não constitua crime mais grave.

Um boletim de ocorrência pode ser feito na delegacia mais próxima ou por meio do site da Polícia Civil.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Eduardo Laviano)

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