Zagueiro do Remo comenta mudança de técnico e chama responsabilidade para os jogadores

Rafael Castro analisou o momento da equipe e destacou que é preciso mais evolução para assimilar o novo sistema de jogo do treinador

O Liberal
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O Remo passa por um novo processo de reformulação na equipe. Com a chegada de Daniel Paulista para o comando técnico, o time recomeça os trabalhos para a Série B do Campeonato Brasileiro. Neste sábado (15), em entrevista coletiva, o zagueiro Rafael Castro falou sobre a mudança de treinador e disse que o momento não é fácil para os jogadores.

"É um momento um pouco difícil para nós. Toda vez que acontece uma mudança de comissão, uma mudança na gestão, de quem está nos guiando, é um pouco difícil no começo, porque é outro pensamento, outra forma de jogar. São outras adaptações que nós vamos ter que fazer", disse o zagueiro, que destacou que a torcida e a grandeza do clube podem impulsionar essas mudanças e que o time precisa corresponder.

O que deu errado? 

Com Rodrigo Santana, o Remo deixou de ser ameaçado pelo rebaixamento na Série C e conquistou o acesso. Contudo, nesta temporada, o time azulino não se encontrou completamente. Rafael Castro destacou que acredita que o sistema implantado por ex-técnico deu certo, mas apontou que o time pecou em "alguns aspectos", que provocou a eliminação da Copa Verde e Copa Brasil, e chamou a responsabilidade para os jogadores.

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"Acredito que deu certo, porque no Paraense, tirando essas punições, éramos líderes, tivemos o melhor ataque e a melhor defesa. Então, eu não vejo como um sistema que não deu certo. Deixamos a desejar em alguns aspectos, em alguns jogos", afirmou o jogador.

"Acho que isso vai muito da questão individual, que a gente tem que parar de jogar a responsabilidade no treinador. Ele está ali para passar o que nós temos que fazer e, muitas vezes, dentro de campo, as coisas não acontecem não porque o treinador está pedindo ou deixando de pedir. Muitas vezes, nós nos acovardamos mesmo, nos omitimos de jogar, de fazer aquilo que vem sendo treinado, e a gente já sabe que isso acaba respingando principalmente na comissão técnica", completou o jogador, que também disse que é preciso uma análise individual dos erros para melhorarem e entregarem um bom desempenho com o novo comando técnico.

Paralisação do Parazão 

Agora, o clube azulino tem apenas duas competições no calendário: o Campeonato Paraense, ainda paralisado, e a Série B do Brasileirão, que começa em abril. Assim, o Leão Azul vai focar todas as suas energias para a competição nacional e, segundo o zagueiro, aproveitar o tempo sem jogos para absorver o estilo do treinador e chegar forte na competição.

"A gente acata isso [paralisação] da melhor forma possível. Nós temos tempo para treinar, para desenvolver o novo método que o professor Daniel [Paulista] tem para nos passar. Então, vamos ter tempo de sobra para conseguir alinhar esses fatores e entrar no ritmo o mais rápido possível desse novo sistema", declarou o jogador.

Apesar do lado positivo, Rafael destacou que a paralisação é ruim para a imagem do futebol paraense e que serve de alerta para que os erros sejam minimizados nas próximas edições.

"Acho que nós somos o único estadual que paralisou devido a essas irregularidades. Acredito que isso acaba prejudicando um pouco quem olha de fora. A gente sabe que os clubes, principalmente aqui o Remo, têm se moldado, se estruturado, e isso é o que vem chamando a atenção de jogadores que querem vir para cá vestir essa camisa. Mas acontecem coisas que fogem, às vezes, do nosso controle. Acho que isso é um alerta também para a federação, para os meios envolvidos, para que possamos minimizar esses erros e ter um campeonato melhor e mais competitivo", disse Rafael.

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