Remo condena ataques racistas sofridos por atacante bicolor em Re-Pa pelo Parazão feminino; veja

Os dois clubes jogavam neste domingo, pela 7ª rodada da fase classificatória, quando a atacante Silmara foi chamada de 'macaca' por um torcedor não identificado

Luiz Guilherme Ramos
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Depois do Paysandu e da Federação Paraense de Futebol (FPF) se manifestarem sobre o infeliz ocorrido no clássico Re-Pa pela 7ª rodada da fase classificatória do Parazão Feminino, foi a vez do Clube do Remo vir à público mostrar todo o seu descontentamento com a falta de humanidade registrada nas dependências do Centro Esportivo da Juventude (Ceju), onde os dois times se enfrentaram. 

Em campo, as azulinas venceram por 3 a 0, mas o resultado foi o de menos, diante da atitude primitiva do torcedor ainda não identificado. O Paysandu se manifestou dizendo condenar o ato. Além disso, disse ter muito orgulho de atletas negros que fizeram a história bicolor com muita dedicação e esforço. Já a FPF garantiu que vai tomar medidas cabíveis para identificar o agressor e levá-lo às autoridades. 

Por fim, o Clube do Remo também foi a público repudiar a injúria sofrida por Silmara. Além disso, o Leão Azul informou que a goleira Kailane também teria sido ofendida por um torcedor, ainda não identificado, e que atitudes desta natureza precisam ser combatidas, dentro ou fora do esporte.

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Confira a nota na íntegra:

O Clube do Remo lamenta e repudia o ato de injúria racial ocorrido na tarde do último domingo (23), no clássico RexPa, no Ceju, pelo Campeonato Paraense de Futebol Feminino.

O Clube se solidariza com a atleta do Paysandu, Silmaria, assim como nossa goleira Kailane, que relatou também ter sofrido ofensas.

Reiteramos nosso repúdio a todo e qualquer ato de racismo e discriminação, sendo tais condutas incompatíveis com os valores e história do Clube.

A intolerância, a discriminação e o preconceito precisam ser combatidos, seja no esporte ou em qualquer lugar na sociedade.

Esperamos que a partir de agora atos como esse não se repitam, que o fato seja investigado e que sejam tomadas as providências cabíveis. E, reconhecemos que, para tais pautas, não há cor, raça, credo, religião e muito menos escudos que nos diferenciem ou nos tornem mais ou menos que o próximo.

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