Jogadora do Paysandu é chamada de ‘macaca’ por torcedor no Re-Pa
Segundo o clube bicolor, a atleta teve uma crise de choro após ouvir o xingamento do torcedor e teve dificuldades para deixar o gramado
O clássico Re-Pa na tarde deste domingo (23), pelo Parazão feminino, terminou com um caso de injuria racial. O Paysandu emitiu uma nota de repúdio, alegando que a jogadora Silmara, teria sido chamada de “macaca” por um torcedor que acompanhava a partida do lado de fora do Centro Esportivo da Juventude (CEJU), vestido com a camisa do Remo.
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Segundo o Paysandu, o homem disse a frase “Essa 9, essa macaca, nem faz gol”. Ainda segundo o clube alviceleste, a atleta ouviu e teve uma crise de choro, desabando no gramado e foi amparada pelas companheiras de clube, precisando de ajuda para deixar o local.
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O Paysandu repudiou o ato e informou que se solidariza com a atleta e familiares e garante o suporte neste momento. A equipe de O Liberal procurou o Paysandu, que informou que irá formalizar um boletim de ocorrência junto com a atleta nesta segunda-feira (23).
Confira a nota de repudio do Paysandu
“O Paysandu Sport Club vem a público expor toda sua indignação e revolta diante de um caso de injúria racial contra a atleta Silmara, do time de futebol bicolor feminino, na tarde deste domingo (23). Após o clássico Re-Pa disputado no Centro Esportivo da Juventude (Ceju), pela sétima rodada do Campeonato Paraense, a atacante do Papão foi ofendida por um homem que estava do lado de fora do campo, atrás do gol adversário, vestido com a camisa do rival.
O racista proferiu as seguintes palavras: “Essa 9, essa macaca, nem faz gol”. Imediatamente, Silmara desabou no gramado e teve uma crise de choro. A jogadora, que foi amparada pelo restante da equipe, precisou de ajuda até para sair de campo, já que ficou bastante abalada com a situação covardemente criada por um criminoso.
O Paysandu sempre irá repudiar e condenar todo e qualquer tipo de ato discriminatório, onde e contra quem quer que seja. Não há tolerância para crimes de injúria racial. O clube não admite que em pleno ano 2022 esse tipo de episódio ainda ocorra no futebol ou em qualquer outro meio.
Ao longo da sua centenária história, o Paysandu sempre teve grandes atletas negros que encheram a imensa e fiel apayxonada torcida de orgulho por toda sua dedicação, honra e compromisso com o manto bicolor. Muitos deles até hoje são lembrados como ídolos que foram importantíssimos para que o clube alcançasse o rótulo de maior campeão da Amazônia”
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