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Quando o Parazão vai voltar? Veja o que se sabe até agora sobre a paralisação

Crise judicial, incertezas e prejuízos: entenda os impactos da suspensão e os possíveis cenários para a volta do torneio

O Liberal

O Campeonato Paraense 2025 vive seu momento mais crítico em anos. Único estadual do país ainda paralisado, o Parazão está suspenso desde 7 de março devido a um imbróglio judicial envolvendo inscrições irregulares de jogadores. Sem previsão de retorno, a competição deve se estender até abril ou maio, ultrapassando o prazo inicial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que previa o fim dos estaduais até 26 de março. Entenda os motivos da crise, as consequências e o que esperar.

Por que o Parazão está paralisado?

A suspensão começou após denúncias de que quatro clubes (Capitão Poço, Tuna Luso, Remo e Bragantino) utilizaram jogadores menores de 20 anos sem contrato profissional, violando o regulamento. O Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) aplicou punições:

  • Capitão Poço: perdeu 18 pontos (foi rebaixado) + multa de R$ 30 mil.
  • Tuna Luso: perdeu 7 pontos + multa de R$ 10 mil.
  • Remo e Bragantino: perderam 6 pontos cada.

As punições alteraram drasticamente a tabela, inviabilizando os jogos das quartas de final já marcados. Com os clubes recorrendo, a Federação Paraense de Futebol (FPF) suspendeu o torneio até a resolução final dos processos.

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Impactos da paralisação

Financeiro

Clubes menores, como São Francisco e Santa Rosa, acumulam prejuízos. O São Francisco, por exemplo, gasta R$ 20 mil/semana com aluguel de CT e alimentação. Já o Santa Rosa viu seu planejamento de três meses ser "rasgado", com custos extras em folha salarial e logística.

Calendário

A demora ameaça conflitos com a Série B do Brasileirão (início em abril), onde Remo e Paysandu estão inscritos. Águia de Marabá e Tuna Luso, por sua vez, disputarão a Série D.

Posicionamento da FPF

André Cavalcante, diretor jurídico da FPF, afirmou que a federação espera retomar o campeonato na próxima semana, mas destacou que a responsabilidade pela regularização dos jogadores é dos clubes: "A incumbência da verificação da legalidade dos atletas que vão entrar em campo também é do departamento de futebol, que tem que fazer trabalho muito lincado com o departamento jurídico. A federação faz o papel de qualificação e tem trabalhado muito nas assessorias dos clubes".

Cavalcante reforçou que a FPF está tranquila quanto ao seu papel: "A gente entende que fez o que foi possível fazer, mas alguns clubes infelizmente incorreram no erro de não verificar o artigo 31 do regulamento".

Últimas atualizações sobre o retorno

STJD marca julgamento para 21 de março

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para sexta-feira (21) o julgamento do pedido de sete clubes (Independente de Tucuruí, Santa Rosa, Cametá, São Francisco, Águia de Marabá, Castanhal e Bragantino) para avocar os processos do TJD-PA. A sessão híbrida pode destravar o campeonato caso o STJD assuma os casos nº 009, 010, 012 e 013/2025, eliminando a possibilidade de novos recursos.

Clubes acusam Remo de protelar processo

Os clubes peticionários alegam que o embargo de declaração do Remo, que questiona "omissões e contradições" no regulamento, é "meramente protelatório". Também citam uma "animosidade" entre Gustavo Fonseca, diretor jurídico do Remo, e o TJD-PA como fator de atraso.

Tensão entre prazos e expectativas

Enquanto o TJD-PA insiste em seguir prazos legais, a FPF mantém esperança: "Estamos confiantes e trabalhando arduamente para o retorno na próxima semana", disse Cavalcante. Porém, a decisão do STJD é crucial: se aceitar avocar os casos, o Parazão pode retomar em abril, mesmo com conflitos de calendário. Se as punições forem revistas, a tabela original (pré-suspensão) pode ser restaurada.

Como ficam os confrontos das quartas de final?

Com as punições, a tabela foi redefinida:

  • Paysandu (1º) x São Francisco (8º)
  • Castanhal (2º) x Cametá (7º)
  • Remo (3º) x Santa Rosa (6º)
  • Bragantino (4º) x Águia de Marabá (5º)

Clubes como Águia e Bragantino pediram à FPF para antecipar seu jogo (23 de março), mas não houve resposta.

E agora?

O Parazão completa 12 dias de paralisação com dois cenários possíveis: Se o STJD rejeitar recursos: O campeonato retoma em abril, mas colidirá com Série B e Série D. Se as punições forem revisadas: A tabela original volta, acelerando o fim do estadual.

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