Projeto 'do zero' e Neymar: Os desejos de Xavi para possível volta ao Barça
Em entrevista ao "La Vanguardia', técnico do Al Sadd criticou cenário político do Barcelona
O Barcelona enxergou em Xavi a primeira opção após a demissão de Ernesto Valverde, mas recebeu negativa do atual treinador do Al Sadd. Falta de vontade de voltar ao clube em uma nova função não foi problema. Em entrevista ao jornal "La Vanguardia", o espanhol admitiu que um retorno é questão de tempo, mas colocou uma condição: só assume a equipe em início de temporada e com plenos poderes.
- Eu tenho claro que quero voltar ao Barça, me traz muita esperança. Anos atrás, poderia me trazer certo respeito, mas agora que já me vi treinando, acho que posso trazer coisas para os jogadores. Mas deixei claro a eles que eu estava em um projeto que começou do zero, e no qual a tomada de decisões foi minha.
NEYMAR É OBJETO DE DESEJOEm exercício de imaginação, Xavi respondeu qual seria seu time dos sonhos caso voltasse ao Barça na condição de técnico. O ex-jogador considera o atual elenco extraordinário, apontando o goleiro Ter Stegen, o lateral Jordi Alba, o zagueiro Piqué e o volante Busquets como melhores do mundo em suas posições. Mas admitiu que gostaria de reforçar os lados do ataque com uma grande contratação: Neymar.
- A eles, se somam Suárez, De Jong e Arthur, que me parecem jogadores para triunfar 10 anos ou mais no Barça. A base é muito boa. Eu contrataria extremos, tipo Neymar. Não sei se encaixaria pelo tema social, mas futebolisticamente, não tenho dúvidas que seria uma contratação espetacular. O Barça já tem jogo por dentro, mas faltam extremos como tem o Bayern - analisou, falando ainda nos nomes de Sancho e Gnabry.
Durante a longa conversa com o veículo espanhol, Xavi ainda criticou a interferência política no vestiário azul-grená, e apontou que não aceitaria este tipo de conduta em sua gestão técnica.
O campeão do mundo com a Espanha garantiu que "não tem má relação com o atual mandatário", Josep Maria Bartomeu, se dá bem com Joan Laporta e é amigo de Víctor Font, possível sucessor na presidência, mas indicou que "tudo tem que se encaixar", e que estaria bem com aqueles que desejam o melhor para o Barcelona.
- Gostaria de trabalhar junto a pessoas em que tenho confiança, com quem há lealdade. Não pode ter ninguém tóxico perto do vestiário. Sou muito de grupo, não quero decidir sozinho. Aqui, as decisões tomamos com a diretoria, é uma estrutura horizontal, de consenso. Ainda que a última palavra caiba a mim - explicou.
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