Executivo do Paysandu aprova adiamento de jogo, mas alfineta FPF: 'Demorou muito para se pronunciar'

Segundo Fred Gomes, incidentes com praças esportivas poderiam ter sido antecipados já que CBF cobra vistorias prévias

Luiz Guilherme Ramos
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O Diretor Executivo de Futebol do Paysandu, Fred Gomes, parabenizou a atitude da Federação Paraense de Futebol (FPF) pela decisão de adiar a partida marcada para este sábado, no estádio Navegantão, em Tucuruí, pela 3ª rodada do Campeonato Paraense. Segundo ele, o jogo mantido representaria um risco enorme à condição física dos atletas, com riscos de lesões e outras perdas. Entretanto, a decisão, segundo ele, poderia ter sido tomada a mais tempo, evitando prejuízo na programação dos clubes ao longo do Parazão. 

"Eu acho que a Federação demorou muito para se pronunciar no tocante à liberação de estádios. Posso dizer que há três anos a CBF exige um caderno de informações sobre as praças esportivas. Você pode ver que desde 2020 as quatro séries possuem dimensão padrão nos gramados. Essa condição é avalizada pelo Departamento de Competições. Eu acho que as duas primeiras rodadas realizadas lá foram de prejuízo para os clubes. E antes de começar, tivemos uma reunião com a FPF e colocamos a preocupação com as praças esportivas do Pará", comenta.

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O laudo técnico no gramado do estádio foi produzido na última quarta-feira, pelo engenheiro agrônomo Raimundo Mesquita, junto à comissão de vistoria dos estádios, vinculada à FPF, e entregue ao município de Tucuruí, administrador do estádio. Na manhã de hoje a notícia foi divulgada oficialmente, embora não acarretasse em prejuízos para o Paysandu. "Nós tínhamos toda programação para a cidade de Tucuruí e ela foi mantida. Tivemos atividade normal pela manhã e amanhã (sexta-feira) trabalho em um turno, sábado dois, e na segunda de manhã volta visando o jogo contra o Caeté, que está mantido para quarta-feira, até que marquem outra data para a partida que não será realizada neste final de semana", detalha.

O executivo foi mais a fundo em suas colocações. Para ele, o prejuízo ao campeonato vai muito além do risco de lesão para os atletas. "Isso é ruim até para comercializar a competição. O jurídico do Paysandu foi rápido e demonstrou o bom senso para as partes. Isso serve de lição para as outras praças esportivas terem maior cuidado com os gramados. Parabenizo a FPF e os órgãos competentes, não criticando e nem fazendo crítica ao município, mas sim preservamos para ter o melhor espetáculo e ter melhores jogos". 

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Assim, o Paysandu ganha um tempo extra para ajustes no time que enfrenta o Caeté, no dia 9, na Curuzu. Até lá, espera-se que os ajustes sejam feitos no gramado do Navegantão e os clubes saiam sem prejuízo. "Passaram que o jogo estava cancelado e que teríamos uma nova data. Se não me engano, dia 16 o Independente joga em casa, então do dia 3 até o dia 16 teríamos quase 15 dias para fazer os ajustes. Eu creio que isso vá acontecer com uma força tarefa para que a bola volte a rolar", finaliza.

Vale ressaltar que de acordo com o artigo 6º do Regulamento Geral das Competições da FPF, compete aos clubes e às ligas municipais, conforme inciso IX, “Encaminhar à DCO, em prazo não inferior a trinta (30) dias do início das competições, os Laudos Técnicos dos Estádios, exigidos por lei, sob pena de interdição do estádio até que os apresente;

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