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Por que Thaísa, da seleção feminina de vôlei, usa uma 'perna biônica'? Entenda

ícone do vôlei feminino brasileiro, chamou a atenção nas Olimpíadas de Paris 2024 ao disputar a medalha de bronze usando uma espécie de 'perna biônica'

Gabi Gutierrez
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A bicampeã olímpica Thaísa Daher, ícone do vôlei feminino brasileiro, chamou a atenção nas Olimpíadas de Paris 2024 ao disputar a medalha de bronze usando uma perna biônica, consequência de uma grave lesão no joelho sofrida em 2017. Entenda.

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Aos 37 anos, a central, que já conquistou dois ouros olímpicos e diversos títulos internacionais, luta contra as dores diárias para continuar em quadra. Sua decisão de competir com o adereço, que a deixa com 'jeito de mulher biônica' é resultado de uma trajetória marcada por superação, que agora se aproxima do fim, com a jogadora anunciando sua aposentadoria após a conquista do bronze.

Thaísa, líder da seleção feminina de vôlei, chamou a atenção durante as Olimpíadas de Paris 2024 ao disputar a medalha de bronze usando uma perna biônica. Esse adereço, que funciona como uma espécie de proteção, é parte de sua rotina desde 2017, quando sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo enquanto jogava pelo Eczacibasi Vitra, da Turquia. A lesão quase a forçou a encerrar sua carreira prematuramente. 

image A atleta sofreu um lesão em 2017, que poderia encerrar sua carreira. (Reprodução)

"Uma coisa que ia ser uma artroscopia. Com um mês no máximo eu voltava, mas não me falaram. Então, eu continuei forçando meu joelho e não sabia que isso precisava ser feito. Aí estourou meu menisco, foi osso com osso e lascou foi tudo", disse Thaísa em uma entrevista ao Ge em 2021. Após uma cirurgia complicada e meses de recuperação, a atleta retornou às quadras, mas as dores persistentes a acompanham até hoje.

Lesão 

Na época, ela jogava pelo Eczacibasi, na Turquia, quando sofreu uma grave lesão no tornozelo direito no jogo contra o Fenerbahçe, nos playoffs da Liga dos Campeões. O incidente ocorreu após Thaisa ter entrado em quadra já lesionada, devido a uma ruptura parcial do ligamento lateral do joelho esquerdo e parte do menisco, sofrida em 20 de janeiro do mesmo durante um jogo contra o Bursa, pela liga turca.

Apesar da gravidade da lesão, o jornalista Guilherme Pallesi, marido da bicampeã olímpica na época, informou que não houve fratura. Thaísa foi rapidamente encaminhada a um hospital, onde os médicos conseguiram recolocar seu tornozelo no lugar.

Após o retorno às quadras, cravado como a melhor jogadora da Supeliga Feminina 2020/2021, Thaísa anunciou a aposentadoria da Seleção Brasileira. Na época, ela havia sido cotada para jogar a Olimpíada de Tóquio e surpreendeu ao tomar a decisão. Hoje, quase dois anos depois da decisão, se despede novamente da amarelinha, com medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024.

Paris 2024

Nas Olimpíadas de Paris 2024, Thaisa e a seleção brasileira conquistaram a medalha de bronze ao vencer a Turquia em uma partida emocionante neste sábado, 10 de agosto. Apesar das dores constantes, Thaísa demonstrou mais uma vez sua determinação e espírito de luta, ajudando a equipe a subir ao pódio. 

Bicampeã olímpica

Thaísa, aos 37 anos, já havia conquistado o ouro olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012, consolidando-se como uma das maiores jogadoras de vôlei do mundo. Além das Olimpíadas, Thaísa também brilhou em outras competições importantes, como os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011, onde também conquistou o ouro, e o Grand Prix de Vôlei, no qual foi campeã cinco vezes, em 2008, 2009, 2013, 2014 e 2016.

Sua trajetória na seleção brasileira começou em 2008, quando tinha apenas 21 anos. Desde então, Thaísa se destacou por sua força, técnica e liderança em quadra, inspirando várias gerações de atletas.

Aposentadoria

Após a vitória que garantiu o bronze, Thaísa anunciou sua aposentadoria emocionada. "Acabou. Eu abracei o meu marido e disse isso e ele não entendeu o que significava. É um acabou de acabar, de fechar um ciclo, de terminar a trajetória", disse em entrevista à TV Globo. Satisfeita com sua jornada de 16 anos na Seleção Brasileira, a atleta acredita que é hora de passar o bastão para as atletas mais jovens.

Com uma carreira repleta de títulos e reconhecimento, Thaísa é apontada como uma das maiores jogadoras brasileiras de todos os tempos. Sua decisão de se aposentar marca o fim de uma era no voleibol brasileiro, mas seu legado certamente continuará a inspirar futuras gerações.

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