Paraense usa próteses oculares e representa o Brasil na marcha atlética nas Olimpíadas

Lucas Mazzo possui visão monocular e irá utilizar próteses especiais nas cores do Brasil

O Liberal
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O Brasil estará representado nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 também na marcha atlética. Entre os atletas está o paraense Lucas Mazzo, de 27 anos, que participa da sua primeira Olimpíada. Natural de Belém (PA), Lucas, que possui visão monocular, utilizará uma prótese com a bandeira e as cores do Brasil.

As próteses foram pedidas e encomendadas pelo próprio corredor e produzidas pelo ocularista Fábio Padula. Fábio é um profissional especializado no atendimento aos pacientes monoculares e na arte da confecção de prótese individualizada.

“Como vim para a Olimpíada, nada melhor do que representar meu país nos olhos, né?! No olho, melhor dizendo. Quem fez as próteses foi o Fabio Padula, um cara que mudou minha vida, porque eu achava que ficaria para sempre com um olho ruim, sem ter essa estética. Mas o Fabio é um artista dos olhos e criou uma prótese espetacular para mim, que é a que uso no dia a dia. Quem vê acha que o olho é real. Para os Jogos, ele preparou dois olhos especiais! Estão perfeitos! Ficaram incríveis, nunca vi algo parecido na vida. O Fabio também ficou bem feliz quando viu o resultado. Já estou usando um deles aqui em Tóquio. O outro, vou usar na competição, então vai ficar como surpresa. Mas também é representando a nossa nação, representando o nosso Brasil”, disse.

Lucas vai competir na prova de 20 quilômetros, na madrugada desta quinta-feira (5), às 4h30. O paraense deixou Belém ainda criança, mas na adolescência sofreu um acidente. Ao brincar de paintball, ele acabou sendo atingido por um tiro no olho direito e perdeu a visão e teve que passar por três cirurgias para a reconstrução do globo ocular, para deixar o local com uma estética melhor.

“Passei por três cirurgias de reconstrução do globo ocular, o arco zigomático quebrou, a pálpebra rasgou, então tive que passar por várias cirurgias para poder deixar estéticamente um pouco melhor. Hoje, utilizo uma prótese ocular. Quando eu era mais jovem, ficava um pouco receoso de falar para os outros, porque eu não queria que sentissem dó de mim. Para mim, o pior sentimento que existe é o de pena, e eu não quero que sintam isso de mim”, disse em entrevista ao site Globo Esporte Nacional.

image Paraense Lucas Mazzo utilizando a prótese com as cores do Brasil (Wander Roberto / COB)

Criado em São Caetano (SP), ele ingressou no esporte após o acidente e iniciou em um projeto social da cidade paulista, porém, Lucas Mazzo treina em Brasília, com o amigo Caio Bonfim (outro representante brasileiro em Tóquio) e com o técnico João Sena.

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