'O mais importante é competir', diz De Bruyne após criação da Superliga
Jogador do Manchester City, clube que fez parte da criação original da Superliga Europeia, vai contra ideia da organização, que prevê clubes fixos em todas as edições do torneio
Mais um jogador se manifestou em meio à polêmica criação da Superliga Europeia. Apesar de não citar nominalmente a nova competição, o meia Kevin De Bruyne, do Manchester City, postou em suas redes sociais um texto dizendo que o mais importante no futebol é competir.
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VEJA A MENSAGEM DE KEVIN DE BRUYNE"Este homem vem de uma cidade pequena da Bélgica sonhando em jogar no mais alto nível possível. Eu joguei na liga belga, alemã e inglesa e com orgulho representei meu país. Eu trabalhei e competi contra todos tentando vencer o máximo. Mas a palavra mais importante é competir. Com todos os eventos acontecendo nesses últimos dias, talvez esse seja o melhor momento para todos se unirem e trabalhar por uma solução. Nós sabemos que esse é um grande negócio e eu sou parte desse negócio, mas eu sou só um garoto que ama jogar futebol. Não se trata de uma entidade específica, se trata do futebol por todo o mundo. Vamos continuar inspirando a próxima geração de jogadores a manter os torcedores sonhando."
— Kevin De Bruyne (@DeBruyneKev) April 20, 2021
ENTENDA A SUPERLIGAAté o momento, os participantes da nova Liga são Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, pelo Big Six inglês. Na Espanha, Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid fazem parte da cúpula. Pela Itália, Inter de Milão, Juventus e Milan concluem o grupo. Outros três clubes são aguardados para dar início ao torneio.
O molde do torneio giraria em torno de 20 clubes, dentre os quais 15 são os fundadores. As partidas ocorreriam nos meios de semana e as equipes seguiriam participando de seus campeonatos nacionais, conforme o calendário tradicional. Em um modelo parecido com o da NBA, os grupos seriam divididos em dois, cada um com 10 integrantes, dentre os quais três avançariam diretamente às quartas de final.
Os clubes que terminarem a primeira fase em quarto e quinto de seus grupos, disputarão entre si, em dois jogos, quem assume as vagas restantes. Assim como na Liga dos Campeões, os confrontos pela fase inicial e playoffs seriam de ida e volta. A final, todavia, será disputada em jogo único e local neutro.
Segundo o comunicado emitido pela organização da Superliga, a ideia central é elevar o patamar do futebol europeu.
- Proporcionará um crescimento econômico significantemente maior e apoio ao futebol europeu por meio de um compromisso de longo prazo com pagamentos de solidariedade ilimitados que crescerão de acordo com as receitas da Superliga - afirmou o comunicado da Superliga
- Estes pagamentos de solidariedade serão substancialmente mais elevados do que os gerados pela atual competição europeia e deverão ser superiores a € 10 bilhões durante o período de compromisso inicial dos clubes - concluiu.
Ainda sobre pagamentos, a Superliga prometeu uma base financeira por volta de € 3,5 bilhões para os clubes fundadores compensarem os prejuízos pela pandemia da Covid-19 e melhorarem suas infraestruturas. Caso o valor se confirme, seria superior aos pagos pela Uefa em todas suas competições (Liga dos Campeões, Liga Europa e Supercopa Europeia).
Já Andrea Agnelli, vice-presidente da organização, e presidente da Juventus, afirmou que a Superliga aumentaria a solidariedade entre os clubes, e tornaria o esporte mais atraente para os fãs.
- Nossos 12 clubes fundadores representam bilhões de fãs em todo o mundo e 99 troféus europeus. Nós nos reunimos nesse momento crítico permitindo que a competição europeia se transformasse, colocando o jogo que amamos numa base sustentável para o futuro a longo prazo, aumentando substancialmente a solidariedade e dando aos torcedores e jogadores amadores um fluxo regular de jogos de destaque que irão alimentar a sua paixão pelo jogo e, ao mesmo tempo, fornecer a eles um modelo atraente - disse o italiano.
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