Time feminino do All Star Rodas pede ajuda para viagem focada em campeonato
O tradicional clube formado por atletas em cadeira de roda enfrenta novamente o desafio de conseguir apoio, mesmo sendo uma das agremiações mais vitoriosas do esporte paralímpico paraense
O All Star Rodas vai disputar entre os dias 7 e 13 de agosto o Campeonato Brasileiro Feminino de basquete em cadeira de rodas, em São Paulo. A principal competição do calendário nacional chega em sua 22ª edição, das quais 19 foram vencidas pelo time paraense que, mesmo assim, enfrenta dificuldade todos os anos na hora de conseguir apoio para custear as viagens.
De acordo com o técnico do time, o veterano Wilson Caju, o pouco do apoio conquistado veio de um patrocínio e da ajuda de amigos ligados ao esporte. “Vamos com duas equipes, com uma delegação de 26 pessoas, e estão faltando cinco passagens. Demos entrada no pedido junto à Seel e da primeira vez foi indeferido. Tornei a dar entrada e só tenho essa semana".
A reportagem de O Liberal entrou em contato com a Seel, para falar sobre o assunto. Em nota, a secretaria informou que "o motivo do indeferimento do processo se deve ao fato de ter sido protocolado em nome de uma instituição, e de acordo com a instrução normativa, os pedidos de apoio financeiro devem ser feitos pelos atletas individualmente".
O Campeonato Brasileiro Feminino de basquete em cadeira de rodas acontece anualmente e é uma das principais competições do calendário nacional, que serve como preparação para outras competições de nível internacional, nas quais o time feminino do All Star Rodas é presença constante. "Fomos campeões do torneio Internacional no México, campeão nos Jogos de Mendoza, na Argentina, nos Jogos de Caracas, na Venezuela, e 19 vezes campeões brasileiros Norte-Nordeste", enumera.
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Além das conquistas coletivas, o All Star também desponta na formação de talentos individuais. "Tivemos na Seleção Brasileira diversas jogadoras do All Star. No último mundial de Dubai, tivemos três atletas e duas delas foram as melhores da competição: a Vivi, cestinha do Brasil, e a Perla. Essas meninas já foram cinco vezes eleitas as melhores do Brasil", segue. Com todos esses predicados, o técnico ainda corre o risco de perder algumas atletas por falta de condições financeiras, mesmo com todo o histórico vencedor.
"Por isso é triste essa realidade no esporte, de ter que pedir, de correr atrás todas as vezes para representar o estado. O troféu Rômulo Maiorana sempre mostra muitos atletas, dá destaque para eles, mas não conseguimos esse apoio. Eu só quero conseguir as passagens, não quero ter que chegar com essas cinco atletas e dizer que elas não vão poder viajar. Tivemos apoio de patrocínio, como o Banco da Amazônia, e de amigos que já jogaram comigo", recorda.
A delegação paraense parte na próxima segunda-feira. Até lá, Wilson Caju espera conseguir as passagens e embarcar em mais uma jornada que pode render ao esporte paraense o topo do pódio, vencendo também um adversário temido fora de quadra: a falta de incentivo de algumas esferas da sociedade. "O All Star tem tanto nome que não entendo o porquê dessa dificuldade em conseguirmos as coisas, quando todo mundo fala de esporte. Eu só quero a oportunidade de ir para o campeonato", encerra.
Quem quiser e puder ajuda na aquisição das passagens aéreas pode entrar em contato direto com o técnico Wilson Caju, através do número 98076-4866.
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