Presidente da Federação Paraense de Basquete responde Paysandu: 'Direito deles, mas vamos recorrer'
No entanto, Neto Vieira, presidente da entidade, disse que o clube usou de 'expertise' na inscrição de atletas
Em resposta à coletiva bicolor sobre a paralisação do Campeonato Paraense de Basquete Adulto, a federação, por meio do presidente Neto Vieira, esclareceu ao Núcleo de Esportes de O Liberal alguns pontos levantados acerca do imbróglio que causou a paralisação da competição pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
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Segundo o dirigente, o documento encaminhado pela Suprema Corte Desportiva atende os direitos do clube, mas não reflete a realidade dos fatos, que serão devidamente contestados pela parte instigada, no caso a Federação Paraense de Basquete. Para Vieira, houve um consenso entre os clubes, que o próprio Paysandu não quis atender integralmente.
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"Em dezembro de 22, o Paysandu inscreveu quatro atletas na federação. Porém, os quatro nunca jogaram aqui, nunca treinaram, nem conhecem o Paysandu. E eles quiseram entender de outra forma, como jogadores daqui, mas não são. Queriam que o regulamento aceitasse os quatro, como atletas locais", começa. A medida, segundo ele, causaria uma grande disparidade, uma vez que, a federação ainda abriria outro espaço formal para a inclusão de uma quantidade mínima de atletas de fora.
"Foi uma estratégia para ver se conseguiam colocar esses quatro mais três que liberamos, seriam sete!", dispara. Além disso, Vieira assegura que o Paysandu estava ciente e, na reunião com os demais clubes, recusou a participação no campeonato. "O Remo, em contrapartida, votou para nenhum atleta de fora. E aí, como nós temos só dois clubes disputando, sobra para o presidente da federação dar a decisão final. Eu tive que dar o voto de minerva e liberei só um atleta de fora para fazer o campeonato. Eles (Paysandu) saíram da reunião dizendo que não iam disputar. Agora estão achando brecha para dizer que nós estamos fazendo isso e aquilo", rebate.
O presidente acrescenta, ainda, que a ida ao STJD se deu pela ausência da corte local. "O Clube do Remo ainda fez mais uma contraproposta: liberaram um dos quatro deles inscritos e mais um de fora, mesmo assim eles não aceitaram de jeito nenhum. Aí pegaram algumas coisas do regulamento e foram ao STJD. Como estamos sem TJD, eles contaram as histórias lá e aceitaram".
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Quanto à provocação da corte, o presidente garantiu que a federação irá se manifestar dentro do prazo, uma vez que toda a temporada do basquete paraense foi realizada sem maiores problemas, com quatro competições femininas, mais os sub-12, 13, 16 e 19. "Essa semana enviaremos todas as alegações para tentar voltar ao campeonato. Eles alegam que mexemos no estatuto, mas não. É o regulamento. É um direito deles entrar na justiça, mas temos os nossos prazos e vamos recorrer".
Neto Vieira assegura que o basquete paraense vem promovendo uma série de melhorias e ampliações no calendário de competições, e que irá mostrar que houve erro na alegação. "Esses quatro nunca jogaram aqui, não são locais. Eles tiveram essa 'expertise' (sic) de cadastrar antes para no final alegar que são jogadores locais. Não vieram nem em Belém. Eles queriam os quatro e mais os três que concordamos", finaliza.
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