Paraense é responsável por confecção de chapolins de crochê, objeto ‘febre’ nos Jogos Pan-Americanos
Lusia Palheta foi a responsável, com outras três artesãs paraenses, por confeccionar 700 bonecos ‘Medalhitos’ para distribuir aos atletas do Brasil no Pan
Não são só as medalhas e as vagas nas Olimpíadas de Paris, em 2024, desejados pelos atletas brasileiros que estão competindo nos Jogos Pan-Americanos do Chile, mas também um objeto que roubou a cena na competição: bonecos chapolins de crochê.
Também conhecidos como ‘Medalhitos’, os bonecos foram costurados pela paraense Lusia Palheta, de 72 anos, em parceria com outras três artesãs, que em um ano conseguiram confeccionar um total de 700 exemplares dos bonecos na técnica japonesa amigurumi, para levar diretamente de Belém para o Chile e presentear os atletas.
“Desde os 8 anos eu trabalho com crochê e há 5 anos eu criei o ‘Crochê da Lulu’. Por intermédio do meu sobrinho, que faz parte da torcida Chapolin, conheci o Rubens, chefe da torcida, que pediu para eu fazer os primeiros cem bonecos. Ele gostou, me chamou para fazer parte da torcida e combinamos de fazer para os jogos. Assim eu e as três meninas de Belém que me ajudam, fizemos 50 bonecos por mês, em 1 ano e 2 meses estavam todos prontos para viajar”, explicou Lusia.
Dona Lusia, como também é conhecida, viajou para assistir o Pan no Chile e está acompanhando a entrega dos Medalhitos de perto pela primeira vez em um grande evento de esportes olímpicos, e falou sobre o reconhecimento de seu trabalho.
“Estou muito emocionada em estar aqui e entregar os Medalhitos para os atletas. Cada um que pega um boneco meu é um reconhecimento muito grande, e quando eles sabem que sou eu que faço é muito legal. É uma valorização do meu trabalho que faço com tanto amor. Agora meu sonho é trabalhar mais para conseguir ir para Paris, e aguardem, porque os Medalhitos virão com detalhes do Brasil e França”, declarou.
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História dos ‘Medalhitos’
Não é só no Pan deste ano que os Medalhitos estão fazendo sucesso. Foi nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, que a torcida dos ‘Chapolins Brasileiros’, fundada pelo médico Rubens Tofolo, teve a ideia de presentar os atletas, independente dos resultados alcançados. Na época, o sucesso dos bonecos foi tão grande que a organização dos jogos chegou a apreender alguns por entender que concorriam com os mascotes oficiais da competição.
Mesmo assim, a torcida decidiu manter a tradição e a cada grande competição de esportes olímpicos se organiza para confeccionar os bonecos para presentear os atletas. Como se tornou objeto de desejo de muitas pessoas, foram confeccionados 65 exemplares a mais, para presentear não só os 635 atletas da delegação brasileira em Santiago, mas também todos que se apaixonaram pelos Medalhitos.
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