'O Senna vive': piloto de kart paraense relembra legado e história de Ayrton Senna
Mauro Folha, piloto de kart, é fã do brasileiro que foi e é um dos maiores nomes do automobilismo mundial
Piloto de kart e apaixonado por automobilismo, a história de Mauro Folha, de 43 anos, com o esporte começou na década de 1980, com Ayrton Senna. O paraense acompanhou a trajetória do brasileiro na Fórmula 1 e, ainda criança, se encantou com o jeito de guiar, com a força e habilidade do atleta que hoje é considerado um dos maiores ídolos do esporte mundial.
"Eu comecei através do Senna. A gente via o Senna e começamos a nos apaixonar. Eu comprei a primeira miniatura dele, logo após a morte dele. Não paro de assistir vídeo. O meu filho meu de 8 anos, é apaixonado por ele. Porque eu passei isso para ele. Ele quer saber do Senna, quer ver vídeo do Senna, tudo e eu vou passando essa história para ele", conta o paraense.
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"O Senna vive"
Em casa, Mauro tem uma coleção com todas as miniaturas dos carros em que Ayrton Senna correu na Fórmula 1, desde a estreia do brasileiro, pela Toleman, até a Williams de 1994.
O paraense também coleciona documentários, livros e tem as corres eternizadas por Senna na Fórmula 1 em seu capacete de kart. Com o verde e amarelo vibrantes, Mauro leva para as pistas a sua maior inspiração e referência na vida e no automobilismo.
"O Senna vive, a gente pensa assim. Eu acho que o meu capacete é a prova do que é o Senna. E meu filho de oito anos, hoje, sabe quem é ele", destaca Mauro.
Senna era reconhecido nos padoques pela vontade de vencer e por não ter limites dentro da pista. O estilo de pilotar, que tirava tudo do carro, chamava atenções de todos.
Como ele fazia isso? Com Talento, foco e a paixão pelo automobilismo, que começou aos quatro anos, quando o pai, Milton da Silva, o colocou pela primeira vez em um kart.
Mauro teve uma identificação muito forte com o brasileiro que via pela TV ainda criança. A paixão de Senna pelo esporte, traduzida em constante busca pela vitória, era fascinante e inspirador para o paraense.
"A paixão dele pelo esporte [era incrível]. O Senna tinha uma coisa que ele buscava o limite sempre. Não tinha limites para ele. Ele era acima da média, um ponto fora da curva porque ele se comprometia. O [Alan] Prost veio reclamar uma vez dizendo que não tinha como competir com o Senna porque ele era comprometido 100%, já o Prost tinha família e filhos. Mas, realmente, o Senna era focado 100% no automobilismo. Então, ele era um cara que era além do tempo dele", comenta o paraense.
Hoje, 30 anos sem o grande ídolo nas pistas, o paraense ainda o mantém presente na sua vida. As melhores temporadas da Fórmula 1 para ele são as das décadas de 1980 e 1990, que ainda são acompanhadas de perto por meio do YouTube, onde o piloto mata a saudade e relembra os grandes feitos do ídolo.
Legado
O 1º de maio tem um gosto amargo. Mauro ainda consegue lembrar, com precisão, como muitos brasileiros, como foi o dia do acidente que tirou a vida do piloto brasileiro.
Inicialmente, todos achavam que era uma batida como outra qualquer. Ayrton iria tirar o cinto de segurança e sairiam do carro, contudo, infelizmente não foi assim. Senna foi levado de helicóptero para o hospital as pressas. Na frente da tevê, milhões de brasileiros aguardavam notícias, até que Roberto Cabrini, jornalista da Globo na época, anunciar a morte do piloto.
"A gente achou que ele ia bater o cinto, como tantos outros, e ia sair. Mas quando a gente foi vendo, a situação foi se agravando. No automobilismo, entrou o helicóptero na pista, é sinal de que a situação é muito grave. E, ali, quando a notícia do Roberto Cabrini falou: 'morreu Ayrton Senna da Silva, uma notícia que a gente nunca gostaria de dar', aquilo ali pegou a gente como se fosse alguém muito próximo", relembra.
A morte do ídolo nacional parou o país. Milhões de brasileiros acompanharam a chegada do corpo de Senna no país e o velório. O Brasil inteiro ficou de luto.
Mesmo 30 anos depois, o piloto segue influenciando e conquistando mais fãs pelo mundo, seja no Brasil, Itália ou Japão, onde era Samurai, Senna inspira e vive.
"Inspiração sempre. Inspiração para o esporte que a gente faz. É olhar esse capacete, para as coisas dele... A gente tem muito vídeo dele e ele inspira. Porque o kartismo é apaixonante, mas a gente leva muita decepção e a gente tem que buscar motivação. Nem toda corrida a gente sai feliz, tem uma que você fala 'hoje eu paro', mas no outro você está querendo de novo, você olha os vídeos dele, dar uma revigorada e é isso o que ele deixou para mim", conclui Mauro.
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