Medalhista paralímpico, paraense Alan Fonteles busca retorno ao atletismo mundial e foca em Paris 2024

Paratleta teve uma carreira de altos e baixos e agora quer chegar a sua quarta Paralimpíada

Aila Beatriz Inete
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Em 2012, o paraense Alan Fonteles chocou o mundo. No estádio Paralímpico de Londres, na final dos 200 metros T44 daquela edição das Paralimpíadas, o paraense fez história ao ultrapassar o sul-africano Oscar Pistorius, maior nome do atletismo paralímpico na época. Agora, 10 anos depois, Alan busca voltar ao topo. 

Durante uma reportagem especial do Esporte Espetacular, o paraense falou sobre a sua carreira e ressaltou a vontade de chegar em Paris 2024. 

“Eu não esqueci do que eu fiz, mas eu recomecei do zero, como se fosse um novo atleta. Estou muito focado e muito dedicado no projeto Paris. Estou me dedicando muito para estar lá”, declarou Alan. 

Alan Fonteles é natural de Marabá. Teve as pernas amputadas com apenas 21 dias de vida por conta de uma infecção, mas isso nunca o impediu de correr atrás dos seus sonhos. Londres 2012, foi a consagração do paraense, que chegou nas Paralimpíadas como um campeão improvável. Durante a reportagem, o medalhista paralímpico relembrou o momento.  

“A minha saída sempre foi a mais lenta. Inclusive, em Londres, eu não sei por quê, mas foi uma das mais lentas que eu já fiz. Cada passo que eu dava, na minha cabeça vinha:não desiste, não desiste, não desiste. Eu fui encostando nele e, no momento que eu passei dele, pensei: daqui ele não passa mais. Aí eu cruzei a linha de chegada”, relembrou Alan Fonteles.

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Com a conquista, o paraense ficou muito conhecido no mundo todo e isso teve um preço. Alan tinha apenas 20 anos quando foi campeão paralímpico, o destaque acabou o prejudicando. Ele ficou um ano parado e quando voltou, perdeu a final dos 200m do Mundial, em Doha, no Catar, ficando com a prata. Nas Paralimpíadas do Rio, o paraense também conquistou a prata por equipes. Já em Tóquio, ele não subiu ao pódio. 

Agora, com o foco em Paris, o paraense tem um novo treinador e vai usar o que aprendeu durante esses 10 anos de altos e baixos na carreira para chegar a sua quarta paralimpíada e, quem sabe, voltar ao lugar mais alto do pódio. 

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)

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