Luta marajoara é reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado
Reconhecimento ocorreu na terça-feira (29), em sessão plenária na Assembleia Legislativa do Pará
Berço de atletas como Iuri e Ildemar Marajó e do campeão do UFC Deiveson Figueiredo, a luta marajoara foi declarada como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). O reconhecimento do esporte ocorreu nesta terça-feira (29), em sessão plenária, com a aprovação do projeto de lei 6/2021.
O autor da proposição, deputado Raimundo Santos (Patriota), considerou que a Alepa fez um reconhecimento público do valor histórico, antropológico, cultural e esportivo da modalidade. "A luta marajoara tem uma importância sociocultural imensa, é uma arte de referência de toda uma região e do próprio Estado", resumiu ele.
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A PL reconhece que a luta marajoara representa a tradição de gerações e tem muita importância sociocultural para o Pará. Além disso, acredita-se que o esporte tem muito potencial de crescimento no estado e em todo o Brasil.
O presidente da Federação Paraense de Luta Marajoara (FPLM), Rodolpho Neto, disse que que "a aprovação desse projeto já vinha sendo bastante aguardada no Marajó". Segundo ele, um dos principais objetivos é levar o esporte para todo o Brasil e até para outros países.
O que é a luta marajoara?
A luta marajoara é um combate agarrado que possui como objetivo principal colocar o adversário de costas no chão, sem chutes ou socos. Como o próprio nome sugere, a modalidade foi criada e popularizada no Marajó. Hoje já faz parte da cultura paraense, sendo repassada de geração em geração.
O campeão do peso-mosca do UFC, Deiveson Figueiredo, por exemplo, deu seus primeiros passos no MMA por meio da luta marajoara.
De acordo com o presidente da FPLM, atualmente existem cerca de 10 mil praticantes do esporte só no Marajó. Mas, a cada ano que passa, vários lutadores buscam o estilo para aplicar nos combate de MMA, já que ela mistura força e técnica.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)
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