Com Lyoto Machida no córner, paraense Bruno Souza busca primeira vitória no UFC; vídeo
Combate será contra o norte-americano Luis Saldana neste sábado (26), em Ohio, nos Estados Unidos
Bruno Souza, de 26 anos, lutou pela primeira vez no UFC em novembro de 2021, seis dias após assinar o contrato com a organização. Sem tempo hábil para fazer a preparação, o paraense acabou derrotado pelo armênio Melsik Baghdasaryan. Neste sábado (26), em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, o lutador terá a chance de se recuperar diante do norte-americano Luis Saldana. Com os treinamentos em dia, “The Tiger” acredita que vai fazer uma boa luta.
Pupilo de Lyoto Machida, que estará presente no córner, Bruno é natural de Pernambuco, mas mora em Belém desde criança e representa o Pará no MMA - história parecida com a do próprio mestre, que nasceu em Salvador (BA). O lutador tem a base no karate e gosta da luta mais técnica. Com um cartel de 10 vitórias e apenas duas derrotas, “The Tiger” é uma das promessas da modalidade e foi campeão do peso-pena do LFA, franquia “trampolim” para o Ultimate.
Assista à entrevista completa:
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A equipe de esporte de OLiberal.com conversou com o lutador, que contou um pouco sobre a preparação, expectativas e estratégias para o combate, previsto para ocorrer às 17h (de Brasília) deste sábado. Confira:
O Liberal: Como estás se sentindo para essa luta?
Bruno Souza: Eu tive bastante tempo para me preparar, foram oito semanas, então a preparação foi muito boa. O corte de peso está ótimo, a parte física também. Eu estou me sentindo super bem. Ainda quero lutar mais esse ano, quanto mais melhor, porque eu acho que a única coisa que eu não vou aprender na academia é experiência de luta.
OL: O que tu aprendeste com a primeira luta no UFC?
BS: O mais importante é a experiência. Eu tive a oportunidade de lutar no Madison Square Garden, foi um evento muito grande, com um card muito bom. Acho que eu ganhei muita confiança depois da minha última luta, que eu havia acertado com seis dias e mesmo assim consegui lutar. Eu fiz o meu adversário [Melsik Baghdasaryan] fazer o meu jogo, porque a gente precisava desacelerar ele, já que ele estava preparado e eu não. Então, eu acho que a confiança de ‘eu consigo lutar com qualquer um, não importa onde ou como’ foi o mais importante.
OL: Qual a tua estratégia para a luta contra o Luis Saldana?
BS: O que eu aprendi com a minha carreira é que ninguém vem agressivo para cima de mim, justamente por eu ser do contragolpe, de manter a distância, porque eles já conhecem o jogo. Então eu tenho que deixar o meu adversário ficar desconfortável para construir a vitória em cima disso. Porque o Luís Saldaña é um cara que, se ficar confortável na luta, vai dar um show.
OL: O que devemos esperar desse combate?
BS: O jogo é até bem parecido. Ele [Saldaña] é um striker longo, gosta da longa e média distância, eu também gosto. Então o primeiro que encontrar a distância é o que vai ter uma vantagem e vai construir a vitória em cima. Eu confio muito na minha movimentação do karatê para fazer isso, porque eu acho que a gente consegue cobrir uma área maior com isso.
OL: Muitas pessoas fizeram comentários sobre o teu estilo de luta, que é bem parecido com o Lyoto Machida, que controla muito a distância e pode levar a uma luta mais morna. O que tens a dizer sobre isso?
BS: Comentários sempre vão ter. Eu tive a honra de crescer e acompanhar o Lyoto [Machida] muito de perto, eu sempre ouvia as críticas que ele recebia e não esperava que fosse ser diferente para mim. Eu acho que cada um tem seu estilo e eu tenho que ser fiel ao meu. Eu estou fazendo isso durante a minha vida toda, se eu mudar agora, não vou ser um lutador tão bom, eu vou ser um comum. Sou muito bom no que eu faço. É muito bom quando encaixa, quando dá certo, mas quando as pessoas começam a fazer o antijogo recebemos as críticas.
Evento
O UFC Fight Night: Blaydes vs Daukaus ocorre neste sábado (26), em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, a partir das 17h, com o card preliminar, onde Bruno fará a primeira luta, e às 20h com os combates principais. Além do paraense, outros três brasileiros entram em ação: Karol Rosa, Jennifer Maia e Matheus Nicolau.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)
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