Claudiney Batista é ouro no disco no Mundial de atletismo paralímpico

Brasileiro lançou o disco a 45,92m para conquistar sua primeiro ouro em Mundiais

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Claudiney Batista dos Santos ganhou a sétima medalha de ouro do Brasil no Mundial de Atletismo paralímpico, que está sendo realizado em Dubai, nos Emirados Árabes.

Com a marca de 45m92 no lançamento de disco T56 (amputados), o paulista de 40 anos superou com boa distância o indiano Yogeshi Kathuniya, prata com 42m06 e, finalmente subiu no lugar mais alto do pódio em mundiais: Claudiney – que foi ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016 – havia sido prata nas duas competições anteriores.

– Este era um título que eu almejava. Duas vezes estive perto do ouro no Mundial e agora foi possível. É gratificante ver que o trabalho duro visando sempre o lugar mais alto do pódio deu resultado. Isso só me motiva ainda mais para conquistar o bicampeonato olímpico em Tóquio – disse Claudiney, que é fera não apenas no peso: ele é um dos melhores do mundo no dardo (foi prata nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012) e no dardo.

A primeira medalha do dia foi de Raíssa Rocha, na madrugada. Ela atingiu sua melhor marca em Dubai na segunda tentativa quando lançou 22,28m. Quase 1,50m inferior a sua melhor marca no ano, de abril deste ano, durante o Open Internacional Loterias Caixa, no CT Paralímpico, em São Paulo.

A baiana de Ibipeba precisou esperar por quase uma hora até que todas as concorrentes tivessem a oportunidade de lançar. Esta foi uma das mais longas provas deste Mundial. Durou duas horas e 51 minutos. O ouro ficou com a letã Diana Dadzete, atual recordista mundial, com 25,54m. A prata foi para a iraniana Moavi Motaghian (22s67).

No fim da manhã de Dubai, a delegação brasileira recebeu a informação de que o atleta João Victor Teixeira herdara a medalha de bronze no arremesso de peso da classe F37 (paralisados cerebrais).

A prova foi realizada no sábado, segundo dia de Mundial, e o atleta do Rio de Janeiro havia terminado em quarto lugar. O ouro fora para o grego Apostolos Charitonidis, com 15,43m, mas o resultado foi invalidado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), que o considerou de uma classe acima (F38), para competidores com menor grau de comprometimento físico-motor. Assim, o ouro foi para o russo Albert Khinchagov (15,25m); a prata, ao tunisiano Ahmed Moslah (14,40m) e João Victor pegou o bronze.

Os resultados desta segunda-feira deixam o Brasil na terceira colocação do quadro-geral de medalhas. Os chineses lideram com 31 medalhas, sendo 13 de ouro, seguidos dos ucranianos, com oito ouros de um total de 17 premiados. O Brasil está na cola, com seis ouros, três pratas e seis bronzes. A competição se encerra na próxima sexta-feira.

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