Campeão nacional de futsal, paraense teve que deixar o estado para viver do esporte
Douglas Queiroz contou com o apoio da família, especialmente da mãe, que sempre acreditou no sonho do filho
Deixar a cidade natal e a família em busca de aspirações não é fácil. Às vezes, é preciso ter coragem para viver um sonho. Isso foi o que não faltou para Douglas Queiroz, paraense e jogador de futsal de apenas 20 anos. Com o apoio da família, em 2017, o jovem saiu do estado e partiu para o Sul em busca do desejo de viver do futsal. Quatro anos depois, foi campeão nacional com o Cascavel-PR.
Douglas começou no futsal aos 12 anos, por meio de indicação do pai de um amigo, que viu potencial nele. E depois de passar no teste na Esmac, o paraense não parou mais. Em 2016, transferiu-se para a equipe do Cedemi e teve a oportunidade de jogar fora do estado.
Com isso, ele acabou chamando a atenção de um time catarinense. Com a oportunidade, Douglas precisaria sair de Belém para ir para o outro lado do país. Neste momento, o apoio da família, especialmente da mãe, Renata Queiroz, que sempre acreditou no sonho do filho, foi muito importante.
“Eu sentia no meu coração que alguém ia ver o Douglas. Como sabemos, o futsal não é tão valorizado no Pará como o futebol é, então, quando o treinador do Guarajá do Sul fez o convite a ele, nós não pensamos duas vezes, começamos a descobrir coisas sobre a cidade, as oportunidades de trabalho. Quando deu certo, ele veio na frente. E a única coisa que nos impedia de ir era o meu esposo ainda estar trabalhando, mas ainda no meio da competição, ele foi demitido e nós fomos embora”, relatou Renata.
A persistência de Douglas e da família em ir em busca dos sonhos deu resultados. Depois de passar pelo Santos e outros times do Sul, em 2021 o atleta fez a primeira temporada como profissional da carreira. Além de ter conquistado a Liga Nacional de Futsal (LNF) pelo Cascavel, o atleta também conquistou o Campeonato Paranaense da modalidade.
"Foi uma temporada muito boa, de muito aprendizado, amadurecimento, tanto dentro quanto fora das quadras. No começo foi algo meio surreal, porque eu estava vivendo tudo aquilo que sempre sonhei. Eu tinha que despertar o mais rápido possível porque já era uma realidade, eu estava naquela grande equipe e eu precisava ajudar. Mas depois que a ficha foi caindo, fui me adaptando. Foi um ano de realizações e também de sentimento de dever comprido, de saber que todo o nosso trabalho durante a temporada foi recompensado no final”, disse o atleta.
Para a mãe, que viu o esforço de Douglas e também sonha junto com ele, ver o filho despontando não tem preço.
“Eu estou muito orgulhosa. A sensação é de dever cumprido, apesar de saber que a estrada ainda é muito longa nessa carreira que ele escolheu. E eu sempre falo para ele: o goleiro é aquela pessoa que pode agarrar mil vezes, mas, em um erro, ele é condenado. Hoje, olhando para a decisão que tomamos, eu digo que foi a melhor coisa que fizemos”, afirmou Renata.
Mesmo com a temporada incrível de Douglas, ciclos se fecham para que outros comecem. Douglas saiu do Cascavel e vai jogar no Apucarana Futsal, time que vai brigar para subir para a primeira divisão do futsal paranaense.
“As minhas expectativas para essa temporada são as melhores possíveis. Quero fazer uma boa campanha, alcançar os objetivos do clube. Meu foco é buscar estar sempre no topo e ser reconhecido”, finalizou o jogador.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob a supervisão de Pedro Cruz, coordenador do núcleo de esportes)
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